Conheça a Diretoria de Mercado e Comunicação e seus desafios

Diretoria de mercado e comunicação

Você sabe como funcionam as diretorias da Unimed Paraná? No Por Dentro da Federação dessa semana, apresentamos a diretoria de Mercado e Comunicação, seus desafios e expectativas

Com 47 milhões de usuários e mais de 700 operadoras ativas no país, o setor da saúde suplementar vem se transformando em ritmo acelerado nos últimos anos. Para se manter competitivo no mercado, é preciso ficar atento às necessidades dos clientes e disposto a apresentar as soluções necessárias. É justamente nesse sentido que trabalha a Diretoria de Mercado e Comunicação da Unimed Paraná. Para entender melhor as tarefas e os desafios da área, conversamos com o diretor Alexandre Gustavo Bley. Confira!

Por dentro da Federação: como funciona a presidência?

O que é a Diretoria de Mercado e Comunicação? 

No âmbito de Mercado, a Diretoria monitora o mercado da saúde suplementar, avalia o posicionamento da Federação e das Singulares diante dele, buscando soluções para que o Sistema Unimed no Paraná se mantenha competitivo. É um trabalho bem estratégico, importante na hora de discutirmos a formatação de novos produtos, a adequação de tabelas e reajustes, o relacionamento com as contratantes e a gestão do cliente final, por exemplo.  

Já na parte de Comunicação e Marketing, criamos estratégias para ampliar a participação do Sistema no mercado e levar informações qualificadas relacionadas às questões administrativas e de saúde aos diversos públicos. A área traduz em peças de comunicação uma série de serviços prestados tanto pela Federação quanto pelas Singulares e analisa o posicionamento da marca em relação a outras operadoras.  

Qual a importância desse tipo de trabalho? 

Esse trabalho é vital para a Federação cumprir seu papel como prestadora de serviços às Singulares e como operadora de plano de saúde, pois o objetivo do Sistema Unimed é fomentar o trabalho médico e levar renda ao seu cooperado. Para isso precisamos estar bem posicionados no mercado, com produtos aderentes às necessidades da população, construindo boas e duradouras relações com nossos clientes, primando por uma comunicação assertiva e transparente. Se torna vital, pois é a base que busca a receita para toda a engrenagem funcionar.

Como o senhor analisa o mercado da saúde? 

Esse mercado está em constante movimento e transformação, mas, nos últimos três ou quatro anos, isso se intensificou ainda mais. Estamos passando por uma grande mudança, um processo de concentração de mercado, em que diversas marcas estão se fundindo ou se reposicionando. No meio dessas marcas, temos o Sistema Unimed, que é extremamente importante e pujante. Hoje, somos a principal marca de saúde suplementar do país, com cerca de 37% de market share, de presença de mercado. Nenhuma marca tem isso. Nós temos aproximadamente 17,5 milhões de clientes, e a marca concorrente mais perto deve estar em torno de 4 milhões. É uma diferença muito grande, mas que não nos permite zona de conforto, pelo contrário, só aumenta nossa responsabilidade.  

Quais os desafios da área diante desse cenário? 

Apesar da marca Unimed ser muito conhecida pela qualidade, segurança e seriedade, estamos em um momento de aprofundamento de uma crise econômica que vem desde 2015. Nós ainda não tivemos oportunidade de nos recuperar dessa crise e aí veio pandemia, que acentuou o problema econômico, trouxe a crise sanitária e fez com que a palavra da vez fosse “redução de custos”. As empresas hoje, de modo geral, estão buscando reduzir custos, e como o plano de saúde é um benefício, e não uma obrigação legal, muitas estão deixando de ofertá-lo a seus colaboradores e outras estão buscando alternativas mais baratas. Diante dessa situação, entendo que o grande desafio do Sistema Unimed é posicionar os produtos de forma aderente às necessidades de preço que o mercado está exigindo. Se não tivermos esses produtos para fomentar o trabalho dos médicos-cooperados, vamos diminuir nosso market share e isso consequentemente vai afetar o médico lá na frente. 

Nesse momento pandêmico, o que de bom podemos dizer do Sistema Unimed no Paraná em relação ao mercado de saúde suplementar? 

Em que pese estarmos no meio de uma pandemia, o Sistema Unimed no Paraná se manteve estável dentro do seu market share – o que não aconteceu com outras operadoras, que diminuíram sua participação de mercado. No estado, as Unimeds estão sólidas e sustentáveis, algumas até conseguiram ampliar um pouco sua carteira de clientes. Claro que isso tem um pouco da percepção do momento, pois as pessoas estão com medo de ficarem dependentes do SUS. No entanto, nossa preocupação de que a pandemia resultasse em uma grande queda no número de beneficiários não se confirmou. No mesmo sentido, o Sistema está se estruturando com novos produtos e linhas de cuidado para atender cada vez mais aos anseios das pessoas, gerando maior inclusão no segmento da saúde suplementar.

Quais as expectativas para o futuro? 

Não é fácil sustentar uma marca por muito tempo. Existem inúmeros exemplos de marcas de diversos segmentos que tiveram seu auge, seu reconhecimento, e que depois acabaram sumindo do mapa. Então eu acho que nós já temos meio caminho andado, porque temos uma marca conhecida, consolidada e premiada dentro e fora do país. A solidez da marca Unimed está impregnada. Quando as pessoas falam em plano de saúde, a Unimed vem à tona para elas. Mesmo assim, vamos precisar nos adaptar, especialmente em questões relacionadas à modelo assistencial, modelo de remuneração de prestadores, de produtos. Nós temos que nos adequar mais. Só marca não resolve. Não se vende mais só porque é Unimed. Então, se a gente melhorar, adequar nossos processos e principalmente nossa visão estratégica, teremos um grande potencial competitivo e condições de dar conta desse novo mercado de saúde, que tende a ser cada vez mais inclusivo. Com cada vez mais pessoas tendo acesso a um plano de saúde, ter uma variedade de produtos à disposição vai nos ajudar bastante.  

Qual o balanço da sua gestão à frente da Diretoria de Mercado e Comunicação? 

Do ponto de vista pessoal, tive um grande ganho de aprendizado e de vida nesses três anos e tenho certeza que este último será da mesma forma. Aprendi muito com o nosso time interno, que é diferenciado, muito competente. Aprendi muito também no contato com as Singulares, na troca de informações com os dirigentes e colaboradores. Aprendi e fui instigado a aprender, porque para seguir o ritmo do pessoal, tive que estudar. Estudo, leio e procuro me informar sempre. Porque se você está num local onde não consegue agregar, não faz sentido. Então, dentro da possibilidade, procurei contribuir.  

Quanto à parte corporativa, acredito que também foi positivo, porque a Federação, como operadora de saúde, se manteve estável, com uma carteira sustentável e recebendo o reconhecimento dos seus clientes segundo a pesquisa anual de satisfação.  Na parte de serviços, conforme evidenciado na pesquisa com os dirigentes de Singulares, nós também evoluímos. Discutimos novos produtos, novas soluções e novas formas de gerar receita de maneira muito aberta e parceira com as Singulares. Para atender as necessidades do mercado e manter a sustentabilidade das cooperativas, lançamos produtos, trouxemos ideias e tivemos boas entregas para as Singulares. Estamos aí com o produto Essencial, que foi uma entrega da Federação, e com a Compar, onde a Tudobem, que está começando, já demonstra grande potencial. Para este ano, temos discussões importantes sobre o plano ambulatorial, plano sênior e a transformação digital, que nos possibilitará ter um produto diferenciado.  

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