Isolamento domiciliar: o que fazer se apresentar sintomas do novo coronavírus

Mulher com tosse leve.
(Foto: Pixabay)

São várias as recomendações para a prevenção do novo coronavírus, como a higienização das mãos e evitar aglomerações. As autoridades de saúde também comentam sobre o isolamento domiciliar e voluntário para todas as pessoas que viajaram ao exterior e que estão retornando ao Brasil, além daqueles que apresentaram sintomas da Covid-19, ou seja, da infecção causada pelo novo coronavírus. Para estes casos, o isolamento domiciliar e voluntário deve ser feito por sete dias, se não houver sintomas.

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A mesma recomendação é feita para quem viajou para os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, onde já existe a transmissão comunitária do novo coronavírus, de acordo com orientações repassadas pela Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba (PR) na última quarta-feira (18).

Isolamento domiciliar

As pessoas que retornaram de viagem destes locais e que apresentaram febre e sintomas respiratórios devem realizar o isolamento domiciliar por 14 dias e comunicar as autoridades de saúde. Se os sintomas forem leves, as pessoas não devem procurar unidades básicas ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), de acordo com a secretaria. O mesmo vale para os prontos socorros ou emergências de hospitais particulares.

A medida tem como objetivo evitar a proliferação de doenças respiratórias e preservar a rede de atendimento para casos graves. No caso de Curitiba, a recomendação é ligar para o telefone (41) 3350-9000 para receber as orientações ou ainda enviar para o Whatsapp (41) 9 9876-2903.

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Sintomas leves: o que fazer

Mas o que fazer se surgirem sintomas leves, ainda neste período no qual é recomendado ficar em casa? “Cerca de 80% dos casos serão leves ou até mesmo assintomáticos. O problema é a transmissão local”, salienta Marta Fragoso, médica infectologista do Hospital Vita, de Curitiba (PR), enfatizando a necessidade de recomendação para que as pessoas nestas condições fiquem em casa e não vão para os hospitais. “Aproximadamente 20% dos casos realmente vão precisar de atendimento hospitalar e 5% de internamento em UTI”, conta.

Permanecendo em casa, é possível evitar a transmissão do vírus para outras pessoas. É o chamado isolamento domiciliar. “Em cinco dias, normalmente, os sintomas se resolvem. As orientações para quem tem sintomas leves são muito repouso e ingestão de líquidos. O ideal é evitar a automedicação. Mas, em caso de febre, é possível resfriar o corpo com compressas frias. Ou ainda administrar dipirona como antitérmico e analségico”, afirma Marta.

Ibuprofeno

A médica apenas desaconselha o uso de ibuprofeno em pessoas com sintomas do novo coronavírus. Alguns estudos questionam a eficácia deste medicamento nestes casos. Uma nota do Ministério da Saúde, divulgada nesta quarta-feira (18), também recomenda o não uso de ibuprofeno e outros anti-inflamatórios não esteroidal (AINE) nestes casos, seguindo uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que desde a última terça-feira (17) indica medicações analgésicas, tais como paracetamol e dipirona.

Quando procurar um hospital?

Mas e quando deve-se procurar um hospital? “Se em 72 horas houver a piora dos sintomas e se houver dificuldade para respirar”, enfatiza Marta Fragoso.

Orientações sobre como proceder em caso de isolamento domiciliar podem ser conferidas aqui.

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