O papo é dinheiro!

O papo é dinheiro!

Como investir em uma economia estabilizada e com baixos rendimentos financeiros foi a temática principal da mesa-redonda “O papo é dinheiro”, que aconteceu, na tarde do dia 8, durante o 26ºSuespar.
Presidindo a plenária, Luís Francisco Costa, diretor Administrativo e Financeiro da Unimed Paraná, apresentou os convidados. As primeiras a falar foram as sócias e assessoras de investimento da Praisce Capital, Fernanda Alves e Licélys Marques.
Fernanda compartilhou os 10 anos de experiência na assessoria de investimentos com informações simples. Começou impactando a plateia ao dizer que R$ 1 bilhão de reais é a estimativa da soma de todos os investidores presentes. Ou seja, das 800 pessoas inscritas no evento, a média de investimentos deveria ser nesse valor, segundo ela. “A má notícia é que nos últimos cinco anos a carteira deixou de contabilizar R$ 500 milhões, por isso é importante começar a falar em dinheiro”, disse.
Os paradigmas e mitos são extremamente relevantes para as tomadas de decisões. A profissional lembrou que as pessoas perdem muito tempo ganhando dinheiro e preocupando-se em economizar, mas se esquecem de fazer o dinheiro render.
Fernanda destacou que temos um sistema financeiro extremamente seguro e organizado no país, apesar disso, as pessoas ainda têm medo de investir. Porém, investir, mesmo no caso dos investidores conservadores, traz inúmeros benefícios.
Nos Estados Unidos, 98% dos investimentos é feito em plataformas independentes. Na Alemanha, são 70% e na Índia 30%. “No Brasil nós temos apenas 5% do dinheiro fora dos Bancos. Qual a solução para o desconhecido?”, perguntou Licélys. Informação e apoio de profissionais especializados foram as dicas apontadas.
Para ilustrar, Licélys fez um cálculo rápido, caso um dos presentes tivesse aplicado um determinado valor há 18 anos, dependendo do tipo de investimento, mais ou menos conservador, o resultado poderia ter um crescimento exponencial.
Gilberto Kfouri Jr., do Banco BNP Paribas Brasil, abordou a questão política e econômica vivida atualmente pelo país e previu algumas turbulências próximas. Por questões internas e também externas. Externas, pelo aumento dos juros nos Estados Unidos e fortalecimento internacional do dólar, para citar dois exemplos. Entre as questões internas, estão os riscos adversos da situação econômica brasileira; a inoperância do Governo Temer para lidar com sequências de crises; possibilidade de vitória eleitoral de candidatos não-reformistas, uma vez que o país precisa de reformas para continuar a desenvolver-se.
Helton Freitas, presidente da Seguros Unimed, ao falar sobre a Previdência – um Futuro Tranquilo com Qualidade de Vida, destacou que a melhor reserva para o futuro é a previdenciária e que pensar em rentabilizar os nossos recursos é algo importante e urgente.
Ao lembrar que não é da cultura do brasileiro, poupar, mas gastar, Freitas apontou soluções de investimentos para diferentes perfis. E demonstrou que aos 35 anos de vida, o ideal é que você tenha ao menos um ano de renda, aos 45 anos, três anos, aos 55 anos, seis anos, e aos 65 anos, ao menos nove anos de renda.
Para investimentos a longo prazo sem comprometer o presente, é imprescindível, segundo o especialista financeiro, ter visão de futuro, fazer planejamento tributário, planejamento sucessório, coberturas de risco e portabilidade.
Freitas encerrou falando sobre coberturas de risco e mostrou uma matéria de um jornal, de circulação nacional, que aponta os sete erros mais comuns das pessoas em relação à previdência: desconhecer as regras do INSS; não saber quanto vai precisar na velhice; começar tarde; arriscar pouco quando jovem; correr risco mais tarde; desprezar o custo; desprezar o benefício fiscal.

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