Unimeds e entidades hospitalares assinam termo de intercooperação

 Ideia é aprofundar a parceria entre os hospitais e as cooperativas Unimeds do estado

Com o objetivo de desenvolver projeto para implantação da metodologia DRG (Diagnosis Related Groups), pela qual se analisa o resultado final entregue pelos hospitais, a Federação, a Unimed Curitiba, a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Paraná (Fehospar) e a Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa) firmaram recentemente um termo de intercooperação. A assinatura foi uma formalização de compromissos verbalizados em reuniões entre as partes, que já vem acontecendo há algum tempo.

Por meio da parceria, pretende-se aprofundar a intercooperação entre os hospitais e as cooperativas Unimeds do estado, possibilitando o conhecimento do perfil nosológico das instituições hospitalares, bem como a obtenção de parâmetros adequados de avaliação da qualidade assistencial, identificando as oportunidades de melhoria e a priorização de esforços e recursos.

Segundo o presidente da Unimed Paraná, Paulo Faria, esse momento de confluência de entidades hospitalares com o Sistema Unimed do Paraná em torno do mesmo tema, que é o modelo de financiamento das estruturas assistenciais, em especial, as hospitalares, foi extremamente oportuna e fundamental para a sustentabilidade de ambos os segmentos que se completam.

“O DRG é uma metodologia que proporciona um agrupamento de patologias pela semelhança dos recursos que consomem, com o objetivo de proporcionar informações qualificadas para a gestão, analisar o desempenho das estruturas e otimizar os recursos para que sejam adequadamente alocados”, avalia. Para ele, essa nova proposta será benéfica para todos, hospitais, operadoras e pacientes, induzindo à melhoria contínua da entrega assistencial e evitando gastos desnecessários com estruturas avantajadas de faturamento e auditoria de contas. “O termo de intercooperação assinado pelas entidades hospitalares e o Sistema Unimed Paranaense, no final de abril, representa um marco e vai proporcionar ações conjuntas no sentido de agilizar esse grande projeto”, conclui Faria.

Conforme lembra Flaviano Feu Ventorin, presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa), o DRG é uma metodologia utilizada já há algum tempo fora do país. “Nossa intenção é, junto à Unimed, ganhar escala de aprendizagem e disseminar o entendimento junto aos hospitais, para que possamos todos falar a mesma linguagem”, analisa. Segundo ele, a ideia é que a Femipa possa orientar seus filiados na melhoria do processo assistencial, fomentando o aprimoramento da qualidade aplicada ao paciente e também orientando seu corpo técnico na aplicação das melhores práticas.

Na opinião de Ventorin, os impactos virão de forma evolutiva. “Primeiro, é importante entender que o DRG é um método onde se agrupam os pacientes agudos, com características clínicas semelhantes e os relaciona com o tipo de recurso que esses pacientes consomem e o resultado final do atendimento”, explica. Segundo ele, essa análise ajudará hospitais e operadoras a entender melhor a assistência ofertada e a entrega que cada hospital faz, podendo chegar à entrega que cada médico ou equipe faz. “Em seguida, cada instituição será capaz de ter uma análise mais profunda do seu perfil assistencial e de resultado, fazendo com que hospitais e operadoras possam organizar melhor sua demanda e operação”, ressalta.

Ainda de acordo com o presidente da Femipa, o mercado precisa se organizar e a economicidade alinhada com a qualidade são fundamentais. “Saúde não pode ser um buraco negro drenando recursos financeiros sem análise profunda do seu resultado. Hospitais são empresas e, para isso, devem medir resultados e tomar decisões, sem perder, claro, o entendimento da humanização”, analisa. Entretanto, se não houver preocupação com o custo saúde, ninguém vai sobreviver no mercado, pois os recursos são finitos, sejam públicos ou privados.

Na prática
Para que o acordo seja colocado em prática, o próximo passo consiste em alinhar o planejamento entre as instituições, começando pela metodologia a ser utilizada para o início dos trabalhos. “Acredito que com o avançar dessa parceria teremos uma evolução enorme em termos de conhecimento e geração de valor para a cadeia de Saúde no Estado do Paraná”, finaliza Ventorin.

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