Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, destacamos o cuidado da saúde mulher, que deve ser reforçado a cada ano que passa
Você já parou para pensar sobre quantas vezes foi cuidado por uma mulher? Desde a gestação, quando nossas mães enfrentam constantes desafios para que possamos chegar ao mundo da melhor maneira possível, bem como no zelo e carinho que pode ter continuado durante muitos anos. Na presença das avós, com mesas fartas e pedidos para levar um casaco. Na companhia de amigas, namoradas, tias e demais figuras femininas quando é necessário ir ao hospital. Naquela xícara de chá quentinho quando um resfriado chega. No almoço, com um tempero inconfundível. Não é difícil elaborar uma lista em que as mulheres estavam ali, ao lado, nos dando apoio. No entanto, você sabe quem é que está cuidando dessas tantas mulheres?
Por mais que, historicamente, o público feminino seja mais preocupado com a própria saúde do que os homens, muitas vezes o cuidar de si é deixado em segundo plano em prol da demanda de amigos, filhos, familiares, além da eterna busca pelo equilíbrio entre o profissional e o pessoal. Essa sobrecarga, cedo ou tarde, é refletida na saúde física e emocional, como aponta a pesquisa global Women’s Health Index, que, anualmente, conversa com as próprias mulheres para entender o que elas pensam especificamente sobre a saúde feminina.
O último relatório, divulgado em 2023, apontou que as mulheres estão mais irritadas, tristes e preocupadas, experienciando esses sentimentos 20% a mais que os homens. Em relação às dores físicas, aproximadamente um bilhão de mulheres disseram sentir algum desconforto diariamente. Além disso, a maioria das mulheres elegíveis – ou seja, com a idade e condição de saúde necessárias – não realizou nenhum exame voltado ao rastreamento de doenças como câncer, diabetes, hipertensão ou doenças sexualmente transmissíveis no último ano.
Conforme a médica de Família e Comunidade Camila Berti, que atua no Centro de Atenção Primária à Saúde (APS) da Unimed Paraná, existem três exames específicos que devem ser realizados pelo público feminino – e cada um deles tem uma indicação de frequência e idade definidos:
- Papanicolau: para mulheres com vida sexual ativa entre 25 e 59 anos, o exame deve ser realizado a cada três anos, caso o resultado dos dois últimos esteja normal;
- Mamografia: caso não haja histórico familiar, o acompanhamento deve começar aos 50 anos, com intervalo de no máximo 2 anos, conforme indicação médica;
- Densitometria óssea: exame indicado a partir dos 65 anos, para investigação de osteoporose, pois há a redução do nível do hormônio estrogênio após o início da menopausa;
Já a ida ao ginecologista ou médico de família deve começar a partir da 1ª menstruação, ou quando iniciar a atividade sexual. “A frequência está ligada à necessidade da mulher, como no caso da coleta do preventivo, anticoncepção, leitura do resultado de exames com as orientações necessárias, alterações fisiológicas ou quando houver alguma dúvida a respeito da saúde íntima”, detalha o coordenador do Programa de Gestão em Saúde da Unimed Paraná, Marcelo Amaro.
Além do apoio à realização de tais exames, a Unimed Paraná conta, também, com diferentes Programas de Saúde que estão à disposição do público feminino, abordando questões que vão desde a saúde emocional, até monitoramento de doenças crônicos e apoio para tabagistas. Há, ainda, o Programa de Gestantes, que acompanha a mulher de perto durante toda a jornada, passando pelo parto e puerpério, com atendimento on-line e presencial. “São realizadas ações conduzidas por profissionais de enfermagem que resultam em um trabalho personalizado de orientações”, finaliza Amaro.
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