Melina Gasques, enfermeira e mãe do Théo, que hoje tem sete anos, é um exemplo do que a força materna é capaz transformar. Por quase dois anos, sua família vivenciou o crescimento do filho da maneira como idealizaram: divisão de tarefas, primeiro dentinho, primeiros passos. Porém, em um trágico acidente de carro, tudo mudou. Daquele dia para cá, Melina descobriu um outro tipo de maternidade, a atípica, ou seja, uma maternidade diferente daquilo que se é esperado. “Eu nunca imaginei passei por uma situação como a que vivi. Eu achava que jamais daria conta se isso acontecesse comigo. Mas, quando acontece, você descobre uma força que você não imaginava”, conta.
Com as descobertas, no entanto, surge, também, a sobrecarga materna – presente em todos os tipos de maternidade, como conta a estudante de psicologia Flavia Beatrice Heusy. “A falta de uma rede de apoio real, que se preocupa com a mulher, faz com que essa mãe, muitas vezes, materne sozinha”. Esses e outros relatos surgem diariamente no grupo “Mães Possíveis”, idealizado por Flavia e que conta, inclusive, com diversas mães atípicas. “Aqui, é importante lembrar que o genitor não é rede de apoio. Ele é pai”.
Neste episódio do Saúde Sem Complicação, a jornalista Louise Fiala entrevista a estudante de psicologia e idealizadora do grupo “Mães Possíveis”, Flavia Heusy, e a enfermeira e mãe atípica Melina Gasques. Confira o bate-papo e saiba mais sobre tópicos como a invisibilidade da maternidade atípica, as dificuldades enfrentadas no cotidiano e, claro, as descobertas emocionantes que envolvem o papel de ser mãe, no YouTube e no Spotify.