Enfrentando as doenças respiratórias no inverno

Com a chegada do inverno, aumentam os casos de doenças respiratórias

Há aproximadamente um mês, o Brasil deu início à sua campanha anual de imunização contra a gripe. Até agora, conseguiu vacinar 23% das pessoas consideradas prioritárias, o que representa em torno de 76 milhões de brasileiros. O objetivo do Ministério da Saúde é alcançar uma cobertura vacinal de 90% dentro dos grupos de risco, que incluem crianças com menos de 6 anos de idade, profissionais da área da saúde e pessoas com 60 anos ou mais.

As doenças respiratórias no inverno representam um desafio significativo para a saúde pública, afetando milhões de pessoas todos os anos. Durante essa estação, a incidência de condições, como gripe, resfriado, Covid-19, sinusite, rinite, além de crises de asma e bronquite, aumenta consideravelmente. Isso se deve, em grande parte, ao fato de que o inverno favorece a disseminação de vírus respiratórios, uma vez que as pessoas tendem a permanecer em ambientes fechados e pouco ventilados, facilitando o contágio.

Além disso, o clima frio e seco do inverno pode irritar as mucosas do sistema respiratório, tornando-as mais sensíveis e suscetíveis a infecções. Grupos de risco, como crianças abaixo de 5 anos, idosos e pessoas imunossuprimidas — incluindo aqueles que vivem com HIV, transplantados, pacientes oncológicos ou em tratamento com medicamentos imunossupressores —, requerem atenção especial durante esse período.

Para proteger-se contra essas doenças respiratórias, é fundamental adotar medidas preventivas eficazes. “Evitar ambientes fechados ou pouco ventilados; lavar as mãos com água e sabão ou álcool 70% ao chegar em casa, e após tossir, espirrar ou assoar o nariz; hidratar as mucosas nasais com soros fisiológicos,” orienta a médica Camila Berti. Além disso, segundo a profissional, a hidratação adequada, uma alimentação saudável, a prática regular de atividades físicas, e o cuidado com a pele, incluindo a aplicação de protetor solar e labial, são essenciais para manter o organismo saudável e resistente a infecções.

A vacinação desempenha um papel crucial na prevenção de doenças respiratórias no inverno. A vacina contra a gripe, disponível tanto no sistema público quanto no privado, é
altamente recomendada, especialmente para os grupos de risco. “Crianças entre 6 meses de vida e menos de 9 anos de idade que estão sendo imunizadas contra a Influenza pela primeira vez devem receber duas doses da vacina, enquanto nos anos subsequentes, uma dose única anual é suficiente,” explica Camila.

Enquanto o resfriado comum geralmente se resolve em uma semana com sintomas leves, a
persistência dos sintomas, o surgimento de febre, mal-estar, tosse, dor no corpo e nas articulações podem indicar condições mais graves, como gripe ou pneumonia

É importante estar atento aos sinais de alerta que podem indicar a necessidade de procurar atendimento médico. “Enquanto o resfriado comum geralmente se resolve em uma semana com sintomas leves, a persistência dos sintomas, o surgimento de febre, mal-estar, tosse, dor no corpo e nas articulações podem indicar condições mais graves, como gripe ou pneumonia,” explica a médica. Crises de falta de ar, tosse ou aperto no peito também requerem atenção imediata, especialmente em crianças que apresentam esforço para respirar.

Uma vez diagnosticado com uma doença respiratória, como gripe ou pneumonia, é essencial seguir as prescrições e recomendações médicas, tomar as medicações conforme orientado e, se necessário, usar máscara em ambientes públicos para evitar a propagação do vírus. Então, a prevenção e o manejo adequado das doenças respiratórias no inverno são fundamentais para proteger a saúde individual e coletiva. Por meio da adoção de medidas preventivas, como a higiene adequada, a vacinação e a atenção
aos sinais de alerta, é possível minimizar o impacto dessas condições durante os meses mais frios do ano.

Dicas para a proteção

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