Depois de 20 anos, o Paraná voltou a registrar um caso de Sarampo, em 2019. A doença, que era considerada erradicada desde 2016 no Brasil voltou com status de epidemia. Foram 13,5 mil casos confirmados no país, com 15 óbitos. Apesar de não ter registrado nenhuma morte pela doença, o Paraná é o segundo estado com mais registros, com 2082 casos notificados, sendo 648 confirmados até 18 de dezembro.
De acordo com o informe epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, a faixa etária entre 20 e 29 anos é a mais atingida, com metade dos casos ocorrendo em pessoas nesta faixa. Por isso, o vice-presidente da Sociedade Paranaense de Infectologia, Jaime Rocha, destaca a importância da população adulta fazer exame para saber se esta imune à doença e tomar uma dose de reforço da vacina.
Há 20 anos não se ouvia falar em sarampo no Paraná. Em 2016, a doença foi considerada erradicada no Brasil e, três anos depois, vivemos surto. Onde falhamos?
Falhamos em baixar a guarda antes do tempo devido e passar a ter uma cobertura vacinal menor.
Como combater esta injustificável aversão a vacina que vem sido pregada, no mundo todo, recentemente?
Somente com educação continuada e em uma linguagem direta e acessível para todos os públicos.
A segunda dose da vacina foi introduzida em 2004. Quem nasceu antes desta data está mais vulnerável?
Quem nasceu antes pode ou não ter recebido 2 doses. Na dúvida, melhor fazer o reforço.
A vacina tríplice faz parte do calendário infantil, está disponível na rede pública e as crianças costumam estar em dias com a vacinação. E a população adulta? Como saber se está em dia? Quem deve se vacinar?
Adulto poderia fazer exames para ver se está imune ou, na dúvida, fazer a dose de reforço. Isso vale não somente para o sarampo, mas para rubéola, caxumba, hepatites, tétano…
Que tipo de exame mostra se estamos imunes? Faz na rede pública?
Os exames seriam as sorologias para cada uma dessas doenças. Disponíveis tanto na rede pública quanto privada.
Fazer dose de reforço não tem nenhuma contraindicação? Mesmo que já tenha feito, e não lembra, as duas doses?
As vacinas de vírus vivo podem apresentar efeitos colaterais, porém de forma rara e infinitamente menos graves que as doenças.