Não está fácil para ninguém. A Covid-19 imprimiu um novo ritmo à vida de todos. À dos profissionais de saúde, não é diferente. O susto foi grande para a maioria. Muitos ao escolherem essa área já intuíam os riscos, mas a realidade, na maioria das vezes, se sobrepõe às expectativas. Foi o que aconteceu em relação à essa pandemia. Todos, no entanto, mantêm a convicção de que, no mínimo, sairemos dessa mais fortalecidos.
E você o que acha? Fomos ouvir o grupo de profissionais que trabalha no Centro de Atenção Personalizada à Saúde (APS), da Unimed Paraná. Veja o que eles disseram.
“Sempre gostei de ajudar o próximo, queria uma profissão na área da saúde, tra na saúde da minha família, de quem mora comigo.
Para me proteger, na APS, uso máscara, touca e jaleco, faço lavagem de mãos frequente juntamente com o uso de álcool. E, em casa, eu chego e as minhas roupas limpas ficam na lavanderia da minha casa, eu tiro as roupas contaminadas e deixo para lavar, lavo a mão e rapidamente coloco outras para ir até o banheiro poder tomar banho.
“Sempre gostei de ajudar o próximo, queria uma profissão na área da saúde, tentei medicina, pensei em fisioterapia e, por fim, escolhi enfermagem. Tive um incentivador muito importante que foi o patrão da minha mãe, Dr. Erasto Cichon que foi um médico muito dedicado que me ajudou a escolher. Contudo, nunca me passou pela cabeça viver uma situação assim, nunca havia cogitado. No início foi bem assustador, tudo desconhecido. E poderíamos estar colocando a nossa saúde e de nossos familiares em risco. Isso foi bem complicado. Não tenho receio por mim, mas tenho medo que o meu trabalho interfira na saúde da minha família, de quem mora comigo.
Para me proteger, na APS, uso máscara, touca e jaleco, faço lavagem de mãos frequente e, sempre que possível, uso o álcool também para a higiene. Em casa, sigo quase os mesmos cuidados. As minhas roupas limpas ficam na lavanderia da minha casa, por isso, quando chego lá, já tiro as roupas contaminadas e deixo para lavar, lavo as mãos e, rapidamente, coloco outras para ir até o banheiro poder tomar banho.
Todos os cuidados que eu tenho feito são para beneficiar, especialmente, os meus familiares. Em casa, ninguém está saindo sem necessidade. Alguns estão trabalhando menos dias na semana e todos estão fazendo o uso dos EPIs necessários, a fim de se manterem protegidos. No início, passei por um momento difícil, quando me suspenderam o trabalho, pelo fato de eu ser estagiária. Isso me gerou ansiedade e medo de perder o meu trabalho. Além do medo de sobrecarregar a minha equipe. Foram dias complicados, porém, tudo se estabilizou, graças a Deus.
Acredito que o que estamos passando é uma oportunidade de repensar as coisas às quais damos valor. Muitas vezes deixamos de aproveitar um momento e não nos damos conta de que, em breve, poderemos não estar mais aqui para vivê-lo. Acho, no entanto, que a percepção das pessoas está péssima. A incredulidade e a falta de reponsabilidade social são o que têm evitado que as coisas melhorem. Nesse momento, seria importante também que os pacientes tivessem um pouco de consciência da sobrecarga de trabalho que estamos vivendo. Todas as demandas são importantes e a equipe se esforça para atender a todos da melhor forma possível”.
Para me proteger, na APS, uso máscara, touca e jaleco, faço lavagem de mãos frequente juntamente com o uso de álcool. E, em casa, eu chego e as minhas roupas limpas ficam na lavanderia da minha casa, eu tiro as roupas contaminadas e deixo para lavar, lavo a mão e rapidamente coloco outras para ir até o banheiro poder tomar banho.
Mayara dos Santos de Oliveira – estagiária de Enfermagem