Não está fácil para ninguém. A Covid-19 imprimiu um novo ritmo à vida de todos. À dos profissionais de saúde, não é diferente. O susto foi grande para a maioria. Muitos ao escolherem essa área já intuíam os riscos, mas a realidade, na maioria das vezes, se sobrepõe às expectativas. Foi o que aconteceu em relação à essa pandemia. Todos, no entanto, mantêm a convicção de que, no mínimo, sairemos dessa mais fortalecidos.
E você o que acha? Fomos ouvir o grupo de profissionais que trabalha no Centro de Atenção Personalizada à Saúde (APS), da Unimed Paraná. Veja o que eles disseram.
“Tenho a plena convicção de que minhas experiências de vida me levaram a essa profissão. Atuar diretamente na linha de frente, ajudando ao próximo, me impulsiona a ser alguém melhor em todas as áreas. Mesmo estando muitas vezes em Back office, entendo que meu trabalho auxilia, em conjunto com os demais, para uma melhora contínua na vida de todos os envolvidos.
Eu tinha uma ideia vaga de que situações como a que estamos enfrentando poderia acontecer. Até porque acredito que trabalhar na área da saúde, nos deixa mais vulneráveis nesse sentido, mas não era algo que eu julgava preocupante. Nunca foi algo que me preocupou, afinal faz parte.
Estive na linha de frente há anos, em outra cooperativa (Unimed Curitiba), quando passamos pela Gripe H1N1, onde o impacto foi menor. Porém, jamais imaginei viver isso novamente e nessa proporção, principalmente por eu mesma ter contraído o vírus e hoje fazer parte da história mundial da pandemia da Covid-19. Agora, tenho ainda mais precaução, principalmente, para não ser fonte de contaminação da minha família. Realmente, foi e está sendo mais uma experiência de vida para meu currículo pessoal.
Acho que manter o distanciamento social é uma das coisas mais difíceis e quando se trata de família, então, nem se fala. Porém, entendo que hoje o cuidado é a melhor maneira de demonstrar amor a quem tanto amamos. Creio que devemos aproveitar esta crise, para treinar nossos olhos todos os dias, para ver bênçãos em tudo e entendermos que mesmo nos momentos de turbulência é possível extrair o melhor de nós. Tenho aprendido que depois da tempestade sempre tem um arco-íris. A esperança continua sendo minha motivação. Em geral, percebo que as pessoas estão aprendendo a valorizar aquilo que o dinheiro não compra, o essencial, a vida”.
Nádia Mamede Vieira – Assistente Administrativo