O presidente da cooperativa, Omar Genha Taha, destaca entregas realizadas nos últimos anos que envolveram o cooperativismo com a comunidade
A coletividade local e a integração com a comunidade fazem parte do DNA cooperativista do Sistema Unimed Paranaense que, a cada ação, entrega e decisão, volta o seu olhar para o local em que cada cooperativa está inserida – independentemente da cidade. Dessa forma, cada projeto, unidade de atendimento e forma de se relacionar com cooperados e beneficiários impacta – cada um à sua maneira – a população, auxiliando no desenvolvimento e progresso local.
Na região Norte do estado, mais precisamente na cidade de Londrina, há 50 anos a comunidade acompanha, de perto, a evolução e crescimento da Unimed Londrina. Ao longo desse período, empregos foram gerados, a cidade se desenvolveu e, a cada entrega proporcionada pela cooperativa, um novo capítulo foi escrito. “É praticamente impossível a Unimed atuar sem trazer benefícios tangíveis à nossa comunidade, este é o princípio pelo qual ela foi criada”, pontua o presidente da Unimed Londrina, Omar Genha Taha.
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À frente da diretoria da cooperativa desde 2018, Taha é médico radiologista e especialista em gestão executiva. Além do atual cargo de presidente da Unimed Londrina, já dirigiu várias outras empresas e coordenou projetos inovadores. Além disso, o médico possui pós-graduação em Radiologia e Diagnóstico por Imagem na Faculdade de Medicina da USP de São Paulo, MBA em Gestão Executiva e Curso de Gestão em Cooperativas no ISAE – FGV, cursos de Healthcare no Cambridge Alliance em Boston e curso de Inovação na Gestão de Cooperativas e empresas no MIT em Boston Massachusetts, dentre outros.
Nesta entrevista, Omar Genha Taha fala sobre o impacto gerado e as principais entregas realizadas nos últimos anos da Unimed Londrina. Confira!
Como a pandemia impactou as ações comandadas pela cooperativa?
Certamente a pandemia foi o evento mais marcante nesta gestão e, de alguma maneira, deu destaque para a adaptabilidade das nossas equipes de colaboradores e médicos que fizeram frente à uma situação tão grave e inédita. Durante a pandemia, fizemos parcerias com os hospitais prestadores, estruturamos leitos de UTI, treinamos pessoal, repassamos recursos para formação em telemedicina aos profissionais do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina e mantivemos diálogo permanente com a direção daquele órgão. Também tivemos uma integração com a secretaria municipal de Saúde e todos os órgãos públicos. Participamos do Comitê de Operações Especiais da Saúde Pública (Coesp) e dialogamos com vários órgãos para contribuir na definição das medidas de contingenciamento que seriam adotadas pelo município.
Ao longo do período, apesar da pandemia, tivemos uma evolução na ampliação e integração dos serviços próprios. Disponibilizamos aos clientes um atendimento integrado entre o Pronto Atendimento, Serviço de Atendimento Domiciliar – DOM, SOS Unimed e outros. Expandimos a Clínica Multiprofissional com áreas físicas maiores, que permitem que o cliente seja melhor atendido em praticamente todos os segmentos. Também tivemos a criação de vários serviços novos, como a Clínica de Oncologia e Medicamentos Especiais e a Rede de Cuidados Continuados (RCC), que é um princípio dos nossos cuidados paliativos. Ainda implementamos ferramentas de tecnologia e acompanhamos a evolução do prontuário eletrônico com um software que possibilita a teleconsulta.
Que projetos e ações realizados recentemente o senhor destaca, quando falamos sobre impacto na comunidade?
Podemos destacar a atuação do nosso Instituto de Responsabilidade Social junto às 27 cidades atendidas pela Unimed Londrina. Temos atividades de grande impacto ambiental como o plantio de mudas de árvores em locais de reflorestamento para compensar a emissão de CO2. Também desenvolvemos ações sociais, patrocinamos e apoiamos vários projetos locais. Desenvolvemos palestras de cunho educacional com a comunidade e formação de atendentes na área da saúde. Possibilitamos a manutenção e crescimento do projeto Eu Ajudo na Lata, que entrega cadeiras de rodas para instituições. Desenvolvemos atividades com as secretarias municipais de Saúde e Educação e realizamos eventos de grande impacto cultural, como a campanha de doação de livros, o projeto de saúde bucal – que atende crianças da rede municipal de ensino, as campanhas de doação de sangue, agasalhos e presentes de Natal – realizadas com colaboradores, entre várias outras.
A Unimed também impacta a comunidade por meio do patrocínio de atividades de grande referência cultural, como o Festival Internacional de Música, o Londrina Matsuri, além de patrocínios esportivos e de realizar grandes eventos próprios como o Unimed Inspira Cultura – um evento gratuito para todas as pessoas e as corridas de rua. É praticamente impossível a Unimed atuar sem trazer benefícios tangíveis à nossa comunidade, este é o princípio pelo qual ela foi criada.
Vocês percebem um retorno da comunidade em relação aos projetos e entregas realizados?
Durante a pandemia, por vários momentos, ficou evidenciada a importância das ações da Unimed para Londrina. Fomos convidados várias vezes a participar de reuniões na Câmara Municipal, Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Associação Médica (AML), Fórum Desenvolve Londrina, entre outras, para falarmos e recebermos o reconhecimento das atividades que realizamos. Fomos reconhecidos pela comunidade, sociedade organizada, órgãos públicos e até pelo poder judiciário.
Mas o reconhecimento mais importante veio da própria população. Hoje o nosso plano atinge um percentual de share maior do que 54% e mais do que isso, com alto grau de satisfação de todos os nossos públicos. Recebemos o prêmio Top de Marcas porque fomos a marca mais lembrada entre os planos de saúde da cidade e o prêmio Top Valor, porque fomos avaliados pelos jurados pelas nossas entregas à sociedade e a melhor comunicação de valores e propósito. Alcançamos 89,5% de satisfação entre os cooperados, 92,5% de satisfação entre os clientes e 87% dos colaboradores, que tiveram um papel muito importante nesse processo.
Recentemente, a Unimed Londrina completou 50 anos. Como o senhor avalia a relação da cooperativa com a comunidade durante todos esses anos de história?
Os primeiros médicos que lançaram a semente da Unimed Londrina sempre deixaram claro que esse projeto só cresceria se tivesse participação e integração com a comunidade, e isso ocorreu de fato nos últimos 50 anos. Considero o projeto da Unimed Londrina como vencedor, a nossa cooperativa foi criada para atuar dentro da comunidade e recebe esse reconhecimento.
Hoje, o grande desafio da Unimed é fazer frente às novas demandas que estão surgindo, levando em consideração as dificuldades e necessidades assistenciais dos clientes. Não estou me referindo apenas à pandemia, mas aos modos de relacionamento com os diversos mercados. A Unimed Londrina conseguiu um componente muito forte de inovação, que tem permitido com que a gente evolua rapidamente no relacionamento com os diversos públicos e stakeholders. Isso traz qualidade no atendimento e uma percepção do que de fato é necessidade, o que exige que a cooperativa se adapte rapidamente a situações para fazer frente às demandas apresentadas.
No ponto de vista do senhor, qual é o papel que uma cooperativa – seja ela do ramo que for – tem em relação ao local em que está inserida, levando em consideração tópicos como a comunidade, o meio ambiente e a economia regional?
As cooperativas foram criadas no século XIX exatamente com o objetivo de integrar profissionais dentro da sua comunidade para realizar prestação de serviço ou produção de uma forma coletiva e cooperativa, unindo suas forças de trabalho. Tenho a clareza de que a cooperativa médica atingiu esses objetivos, reunimos os melhores especialistas de várias áreas, trabalhamos de maneira integrada e prestamos um atendimento bastante qualificado à comunidade. Isso justifica a fidelização do público em relação à Unimed Londrina e a outras cooperativas médicas.
Entretanto, fica claro que a visão da cooperativa está além da visão de mercado. A cooperativa precisa fazer com que a comunidade seja contemplada com esses objetivos. De nada adianta atender interesses dos cooperados e colaboradores, se a comunidade que está no entorno também não for beneficiada. Esse é um benefício econômico, administrativo, institucional e cultural. Temos esta cultura dentro da Unimed Londrina, ela existe para cuidar de fato da comunidade na qual ela está inserida.
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