Os casos de coqueluche tiveram um aumento de mais de 500% no Paraná, em 2024, na comparação com o mesmo período epidemiológico de 2023. As crianças com menos de um ano de idade têm sido as principais vítimas fatais, além de serem o grupo em que há o maior registro de complicações causadas pela doença.
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O alerta, emitido no dia 1º de agosto pela Secretaria de Saúde do Paraná (SESA), detalha como a doença evolui:
Fase Catarral: início das manifestações com sintomas respiratórios, como coriza e tosse seca e demais manifestações, como febre pouco intensa, mal-estar geral de leve intensidade, com duração de 1 a 2 semanas. Os acessos de tosse aumentam gradualmente.
Fase Paroxística: a febre pode estar ausente ou ser baixa. A manifestação típica é a tosse seca em paroxismos, caracterizado pela crise súbita de tosse rápida e curta, que atrapalha a inspiração e pode fazer com que o paciente tenha protusão da língua, congestão facial e, eventualmente, cianose que pode ser seguida de apneia e vômitos.
Duração de geralmente 2 a 6 semanas, com piora do quadro nas primeiras semanas e após diminuição gradativa. É nessa fase que as principais complicações podem acontecer, principalmente nas crianças.
Fase de Convalescença: a tosse passa a ser comum com duração de 2 a 6 semanas.
Como se prevenir?
A principal forma de prevenção é a vacinação, que acontece nos primeiros meses de vida. A vacina tríplice bacteriana, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, é ofertada no SUS em três doses: aos 2, aos 4 e aos 6 meses de idade. Depois, um reforço aos 15 meses e outro aos 4 anos.
Também há a vacinação direcionada às gestantes, a partir da 20ª semana, ou nos primeiros 45 dias pós-parto. A imunização evita o contágio ao recém-nascido, com a transferência de anticorpos ao feto, protegendo o bebê nos primeiros meses de vida, até que possa ser imunizado.