O que a medicina tem a ver com jogar xadrez e tocar piano? Bem, para o médico radiologista Antonio Claudio Bannach, cooperado da Unimed Ponta Grossa, essas duas atividades têm uma relação muito significativa com sua profissão.
O médico, que se destaca por sua atuação na área, também é conhecido por seu amor a esses hobbies. Esses interesses, à primeira vista, podem parecer distintos, mas desempenham um papel fundamental em sua vida pessoal e cultural, ao mesmo tempo em que moldam sua abordagem à medicina.
Segundo Bannach, de certa forma, as estratégias adquiridas no xadrez são aplicáveis na prática, pois tanto você chegar a um diagnóstico quanto resolver uma posição no xadrez são problemas que estão colocados ali à sua frente, que dependem de uma boa organização das informações e de procurar chegar a conclusões mais corretas possíveis.
“Eu gosto de pensar que, de certa forma, eles me tornam um médico melhor. Também me ajudam a ter mais organização, mais sensibilidade para conseguir ver os problemas do paciente. Aumentam, também, minha capacidade de entendimento e contribuem para o meu sucesso como médico”, revela.
Leia também: Natação e sucesso: como um médico aprendeu a nadar contra a corrente
O interesse pelo xadrez começou lá nos tempos de escola, quando um professor lhe apresentou a esse jogo fascinante. Com humildade, Bannach conta que seu amor pelo jogo supera qualquer busca por talento ou sucesso. No entanto, é evidente que no decorrer de sua jornada, ele conquistou vitórias significativas. Desde competições escolares até torneios universitários estaduais nos anos 1980, o médico demonstrou sua habilidade nos tabuleiros.
“A gente ganhou alguns torneios por equipe. Eu cheguei a jogar um torneio universitário nacional na Paraíba, fazendo parte de uma equipe ganhadora. Não venci sozinho, e até não era o melhor jogador da equipe. No entanto, foi uma boa conquista”, relata.
Qual foi a influência para o gosto por xadrez e piano
A paixão pelo piano, por sua vez, foi nutrida desde a infância, graças às músicas clássicas que seu pai costumava ouvir em casa, e o médico considera-o um hobby mais pessoal. Embora nunca tenha se apresentado como músico em público, ele aprecia os momentos íntimos em que toca apenas para si, de preferência, sem uma audiência. Essas sessões solitárias ao piano o transportam para um mundo de tranquilidade e paz.
“Eu nunca toquei em público, nunca fui um músico assim. Eu sempre toco para mim, e de preferência, sem plateia nenhuma. Quando toco para alguma pequena plateia de parentes ou amigos é com bastante relutância. Entretanto, quando eu me sento sozinho, consigo tocar e isso é muito bom”, declara.
Para ensaiar suas melodias, o médico costumava utilizar o piano emprestado por sua irmã. Contudo, atualmente, ele vivencia a felicidade de tocar suas músicas em um piano exclusivo, carinhosamente presenteado por sua esposa.
Suporte
Tanto o piano quanto o xadrez ultrapassam o mero prazer das atividades, revelando-se como verdadeiros pilares de apoio nos momentos mais desafiadores. O médico conta que essas paixões foram especialmente significativas durante momentos difíceis, como a doença de sua mãe durante sua adolescência. Ambas as práticas se tornaram refúgios reconfortantes, oferecendo-lhe um espaço onde ele poderia encontrar forças para superar as adversidades.
“Foram coisas em que eu podia me refugiar um pouco. Era um lugar onde eu podia me ajudar a superar”, afirma. Apesar de todo o esforço dedicado tanto no xadrez quanto no piano, o médico acredita que ainda não alcançou seu potencial máximo em nenhuma das duas atividades. “Eu acho que o maior desafio é minha falta de talento específico. O meu relacionamento com o xadrez e com o piano é mais por amor do que por habilidade especial”, confessa.
Determinado e perseverante, o médico não se deixa abater. Ele continua sua jornada de aperfeiçoamento de seus hobbies, que desempenham um papel crucial em sua vida e proporcionam inúmeros benefícios. Consciente do valor do piano e do xadrez, ele encontra motivação e satisfação em aprimorar suas habilidades, sabendo que essas práticas enriquecem sua jornada como médico e como indivíduo. “Ambos enriquecem culturalmente e pessoalmente a vida da gente. Eles abrem uma perspectiva maior das coisas e te colocam em contato com pessoas, geralmente, interessantes”, afirma.