Cooperado da Unimed Londrina compartilha paixão pela culinária

Cardiologista da Unimed Londrina transforma a cozinha em um espaço de afeto, tradição e memórias, mostrando que a culinária é, acima de tudo, uma forma de conexão e cuidado

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(Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação)

Claudio Fuganti é médico cardiologista, professor universitário e cooperado da Unimed Londrina. Além da medicina, ele tem uma paixão que o leva a um mundo de sabores e memórias: a culinária. Há pouco mais de dez anos, ele decidiu que era hora de aprender a cozinhar para manter vivas as receitas de sua mãe, Dona Zélia Marin Fuganti, uma cozinheira de mão cheia que deixou para ele um verdadeiro legado gastronômico.

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“Ela tinha uma série de receitas que todos nós adorávamos e eu falei, puxa vida, não vai ser minha esposa que vai preservar as receitas da minha mãe. Então eu parti sem saber nada, não sabia nada de cozinha e comecei a reproduzir os pratos especiais para a minha mãe”, conta.

Culinária como legado

Sua jornada na cozinha começou timidamente, com as massas, paixão da família toda. A partir daí, a aventura gastronômica de Fuganti não parou mais. Porém, como todo mundo que está começando, ele teve seus momentos desafiadores, especialmente, com o pão caseiro, que demorou para sair perfeito.

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“Eu diria que primeiras vezes nunca saem como a gente planeja, né? Especialmente o pão da minha mãe. Fiquei quase um ano fazendo pão e não dava certo, até que eu acertei a temperatura do forno, o preaquecimento. Não foi a pena”, relembra.

O chef de cozinha amador se dedicou a copiar as receitas da mãe, como a famosa bacalhoada que encantava a todos. E assim, ele foi preservando os sabores da infância e da tradição familiar italiana. A paixão de Dona Zélia pela culinária era tanta, que ela fez questão de transmitir seus conhecimentos para as netas.

“Minhas filhas, quando fizeram 18 anos e passaram na faculdade, minha mãe deu um curso de culinária de um mês para cada uma delas. E fez um livro de receita individual de doce e salgado para cada uma. Escreveu à mão em cada livro separado, não fez xérox”, recorda o médico.

Os pratos de Dona Zélia despertam as mais doces memórias na família. O cardiologista relembra a lasanha simplesmente maravilhosa que a mãe fazia em casa. E a melhor parte é que uma das suas filhas aprendeu a receita, e reproduz perfeitamente o prato.

A paixão pela culinária de Fungati tem raízes profundas em sua família. Receitas tradicionais de massas, pães caseiros e a famosa ‘cueca virada’ italiana, transmitidas por sua nona, são um tesouro que ele preserva e compartilha. Ela é tão especial que o médico compartilhou nas redes sociais.

“Temos uma receita de cueca virada que está até no meu Instagram. É diferente da que se encontra em padarias, uma massa fina e crocante com açúcar e canela, maravilhosa”, conta.

Da pizza de panela de pressão ao forno a lenha

O médico começou sua jornada na cozinha com a receita mais simples que sua mãe fazia: uma pizza de panela de pressão. “Era uma pizza que saía bem rápida e era uma do tamanho de um prato para cada um. Esse foi meu início na cozinha. Isso aí eu aprendi bem rápido e a partir daí eu comecei a tentar fazer massas diferentes de pizza”, comenta.

O sucesso o impulsionou a buscar novas receitas e, inspirado em Jamie Oliver, renomado chefe de cozinha inglês, ele encontrou a combinação perfeita, que o motivou a explorar ainda mais o mundo da culinária. “Segui com essa receita, deu certo e virei pizzaiolo com forno a lenha, tudo aqui em casa. Foi daí que o negócio deslanchou mesmo. Uma receita já diferente, um modo de fazer totalmente diferente da minha mãe”, compartilha.

Para Fuganti, cozinhar é mais que preparar alimentos; é um ato de amor e celebração da vida. Pela sua descendência italiana, o cardiologista acredita que cozinhar é reunir as pessoas em volta da mesa, celebrar a vida e criar memórias juntos. Ele ressalta que é um momento para agregar família e amigos, apreciando a comida feita por ele. “Sempre, sempre tem lembrança de infância relacionada à comida, à reunião familiar, né? Para o italiano a comida é um momento especial. É um momento de interação da família e todo mundo à mesa conversando: tios, primos, etc”, complementa.

O interesse pela culinária é compartilhado por toda a família. A tradição familiar é rica em pratos de massa, pães e, claro, o famoso churrasco gaúcho, que também faz parte de sua rotina. Os filhos do médico também se aventuram na cozinha, seguindo os passos da avó e do pai.

A mesa farta e saborosa é uma marca registrada dos Fuganti. Das massas e pães caseiros, passando pelo tradicional churrasco gaúcho, a culinária diversifi cada é um dos pilares da família e a cozinha é o coração da casa. Os filhos, com a mesma paixão, continuam a tradição, criando novas receitas e memórias em torno da mesa.

“Meus filhos também participam. Uma gosta de doces, outra de doces e salgados. Aprenderam com minha mãe. Minha esposa cozinha bem, mas hoje está meio aposentada, então, nos fins de semana, quem cozinha sou eu”, afirma. Apesar de Fuganti ter se transformado em um cozinheiro habilidoso, ele nunca frequentou um curso formal de culinária. Essa trajetória, quase que inteiramente autodidata, demonstra sua dedicação em preservar receitas repletas de memórias. E ele não para por aí: está sempre buscando melhorar e aperfeiçoar suas habilidades, movido por uma constante vontade de evoluir. “Fui aprendendo aos poucos, experimentando receitas e técnicas na cozinha, mas adoraria ter a oportunidade de refinar o que já sei”, revela.