Cuidados paliativos: ATENÇÃO e dignidade para pacientes e seus familiares
Novo Programa da Unimed Paraná oferece assistências médica, emocional e espiritual para beneficiários e cooperados com doenças que ameacem a continuidade da vida
NUNCA estamos totalmente preparados para lidar com doenças, ainda mais quando a enfermidade não tem possibilidade de cura. O diagnóstico, o tratamento e o cuidado em longo prazo não são simples, nem para o paciente e nem para seus familiares. É natural que o abatimento e o cansaço apareçam em alguns momentos.
O Programa de Cuidados Continuados da Unimed Paraná surgiu como um apoio para os beneficiários que se encontram nessa situação e precisam de cuidados paliativos. Por meio dele, é oferecido alívio do sofrimento com controle dos sintomas e da dor, além de conforto e bem-estar. Criado em fevereiro de 2020, o Programa acompanha atualmente 22 pessoas em Curitiba e Região Metropolitana.
“Diante do envelhecimento populacional, o Programa de Cuidados Continuados é uma alternativa para assegurar conforto, dignidade e qualidade de morte para os pacientes terminais, além de suportes emocional e social para os familiares”, explica o médico Halsey Costa Resende, gerente de Atenção à Saúde da Unimed Paraná.
O atendimento é feito por uma equipe multidisciplinar responsável por oferecer qualidade assistencial aos beneficiários que estão em estágio final de vida e por apoiar a família no processo de morte e luto, tendo como premissas o acolhimento e o amparo do paciente e seus familiares.
Atendimento
De acordo com definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais.
Dessa forma, o Programa de Cuidados Continuados faz uma abordagem completa com o objetivo de que o paciente chegue ao final da vida sem sofrimento. Após identificar-se a necessidade, pelas escalas técnicas específicas, os beneficiários com potencial óbito nos próximos 12 meses, a equipe do Programa entra em contato com paciente, familiares e médico assistente.
“Com o aceite pelo paciente e pelo médico assistente, iniciamos um trabalho domiciliar de suportes psicológico e espiritual que inclui os familiares. Isso além do suporte assistencial para que o paciente não tenha dor e para que ele seja mantido no conforto do seu lar, convivendo com seus familiares, evitando internações hospitalares desnecessárias e para que tenha dignidade e qualidade de morte”, acrescenta.
Suporte
O médico pediatra Artemio Prando, cooperado da Unimed, falecido em agosto deste ano, foi um dos pacientes acompanhados pelo Programa. Diagnosticado com Alzheimer em 2010, ele recebeu cuidados paliativos em seus últimos anos de vida.
“Sempre utilizamos de todos os recursos necessários para ajudá-lo, com esperança de que houvesse uma melhora, e sempre com muito amor. Mas a demência foi se instalando e precisávamos de mais atendimentos para oferecer uma qualidade de vida digna, que todo ser humano deve ter. Meu esposo já estava sendo cuidado com remédios, mas sentíamos a urgência de cuidar da pessoa dele, e assim fomos conhecendo os cuidados paliativos”, conta Iolanda Cardoso de Mello Prando, viúva do médico.
Ela explica que, nesse período, a família contou com o apoio de uma equipe formada por fisioterapeuta, fonoaudiólogo, enfermeiros, nutricionista, médicos e psicólogos que foram fundamentais para auxiliar o esposo e a família a superarem os momentos difíceis.
“A doença só evolui. Quando ele teve dificuldade de deglutição, foi um dos momentos dos cuidados paliativos que mais me fizeram interceder. Eu não queria que colocassem a sonda de gastrostomia, e sim que oferecessem uma nutrição de conforto, sem levá-lo a um centro cirúrgico, inclusive em uma época de pandemia. Foi uma decisão difícil, mas feita com amor”, relata.
Rotina
Durante os cuidados paliativos, Iolanda conta que o acolhimento e a ajuda dos profissionais foram fundamentais para manter o equilíbrio nas horas de dor e tristeza. Para ela, as visitas periódicas traziam energia nos momentos difíceis.
Outro ponto importante destacado por ela, foi o alívio financeiro como consequência do atendimento do Programa, que é oferecido de modo gratuito e complementar ao plano de saúde, sem acarretar alterações no contrato.
O gerente do Programa explica que, além das rotinas administrativas, a equipe realiza também o acompanhamento telefônico dos pacientes, promove discussões técnicas e visitas domiciliares. É importante enfatizar que esse atendimento está disponível para todos os beneficiários da Unimed Paraná, independentemente da idade, com potencial de óbito nos próximos 12 meses, tendo em vista evitar o sofrimento desnecessário.
Tendência
A tendência é forte no mundo todo, e outubro foi instituído como o mês dos Cuidados Paliativos como forma de chamar a atenção e conscientizar as pessoas sobre sua importância. Este ano, The Worldwide Hospice Palliative Care Alliance (WHPCA), organização internacional não governamental dedicada ao desenvolvimento dos Cuidados Paliativos no mundo, definiu “Meu Cuidado. Meu Conforto” como tema para celebrar a data.
Países, como os Estados Unidos e o Canadá, são referência na área de Cuidados Paliativos. Por aqui, a temática está perdendo a conotação negativa e ganhando cada vez mais espaço, tanto que hoje o Conselho Federal de Medicina (CFM) já considera a prática como sendo uma área de atuação e especialidade médica.
Saúde para os cooperados
O Programa de Cuidados Paliativos também é um dos serviços disponíveis para todos os cooperados que aderiram ao Plano de Assistência ao Cooperado (PAC), criado em 1993 para oferecer aos sócios e seus familiares condições exclusivas de atendimento, com ampla área de abrangência e possibilidades diferenciadas de inclusão de dependentes.
Marcos Maruzek, especialista de Mercado na Unimed Paraná, explica que se trata de um plano na modalidade custo operacional com mensalidades fixas por grupos familiares e sua contratação deve ser feita via Singular para médicos filiados à cooperativa. O Plano tem abrangência nacional, com coberturas ambulatorial, hospitalar e obstetrícia, cobrindo consultas e atendimentos ambulatoriais (eletivos) e internamentos em apartamento.
Os grandes diferenciais do PAC é que ele permite a inclusão de dependentes, que abrangem cônjuges e possibilidade de incluir filhos, genros e noras (até 35 anos) e netos (até 23 anos); e mesmo após o falecimento do titular, os dependentes podem permanecer no Plano, desde que um responsável assuma o pagamento das mensalidades.
Os beneficiários ainda contam com canais exclusivos de atendimento por telefone, e-mail e whatsApp.
Complemento
Com o objetivo de complementar o plano assistencial, a Unimed Paraná passou a disponibilizar, ainda, o Plano Líder, que possibilita aos beneficiários o atendimento de cobertura em hospitais de alto custo, como Hospital Albert Einstein e o Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, e Hospital Santa Cruz, em Curitiba.
Mazurek comenta que Plano Líder é uma resposta aos anseios dos cooperados, e seus familiares, que tinham o desejo de poder contar com uma rede diferenciada, de alto padrão, tendo início de vigência em outubro de 2019.
O Plano é um produto da Unimed Seguros e só pode ser contratado por quem já estiver inscrito no Plano PAC. Os interessados devem entrar em contato com a Unimed a qual é cooperado, preencher um cartão-proposta, com declaração pessoal de saúde e atividade, e assinar o contrato. A contratação é mediante o aceite de todos os membros do grupo familiar, não podendo haver contratação individual. Atualmente, 17 Singulares paranaenses aderiram ao Líder.
*Foto destque: O médico Artemio Prando foi diagnosticado com Alzheimer e contou com o auxílio da equipe do Programa de Cuidados Continuados nos últimos meses de vida