Da corrida de rua ao Iron Man
Médico radiologista, cooperado da Unimed Noroeste do Paraná, conta como insere os treinos de triatlo em sua atarefada rotina de trabalho
Assim como a maioria dos médicos, o radiologista Eduardo Zukovski, cooperado da Unimed Noroeste do Paraná, possui uma rotina profissional atarefada, mas nem por isso deixa de dar grande atenção ao seu hobby. Ele atribui a prática de triatlo (corrida, bicicleta e natação) à disciplina e a paciência adotadas na prática da medicina. “Sempre procurei praticar algum esporte, pois nossa rotina como médico é bastante estressante e sedentária. O triatlo exige um pouco mais de disciplina, o que no final das contas você acaba levando para tudo na sua vida, inclusive para a radiologia”, relata. O benefício da prática, segundo ele, além de físico e mental, profissionalmente o obriga a ser mais disciplinado e paciente com tudo.
Ele divide o tempo dedicado aos treinos com seu trabalho de radiologista na clínica CDI (Centro de Diagnóstico por Imagem) e na clínica Unidade Radiológica de Umuarama, onde inicia bem cedo, em torno das sete horas da manhã. “Procuro me organizar em horários em que posso inserir o esporte fora da medicina”, conta. A dificuldade, segundo ele, é conciliar a rotina do dia a dia e procurar ter disciplina para os treinos e seguir corretamente a planilha. “Claro que algumas vezes não conseguimos fazer tudo o que planejamos, mas temos sempre um plano B. Também é muito importante ter uma meta, no caso uma prova programada para dar aquele incentivo extra e procurar treinar, mesmo em horários alternativos”, conta.
Eduardo Zukovski pratica musculação e natação de segunda a sexta na companhia de seu treinador, que também passa as planilhas de treino de corrida e bicicleta (speed). Esses últimos são feitos pelo médico, durante a semana, sem a presença do treinador, e nos finais de semana, acompanhados pelos seus amigos/companheiros de ciclismo e de corrida. “Que na verdade são grupos diferentes de atletas que treinam para as suas competições. Pego uma carona no treinamento deles, o que para mim é excelente”, relata.
Como começou
O médico e atleta conta que começou a praticar o triatlo em 2012, com provas curtas em Caiobá-PR, promovidas pelo Sesc. “Eram provas curtas de Sprint ou Short-Triathlon (provas com 750 m de natação, 20 km de pedal e 5 km de corrida), para ver se era realmente capaz”, conta. A partir de então começaram os desafios para aumentar as distâncias para o triatlo Olímpico (1.500 m natação, 40 km pedal e 10 km corrida) e finalmente para o Challenge e o Iron Man 70.3 (1.900 m natação, 90 km pedal e 21 km corrida), conforme lembra.“Eu gosto muito de corrida de rua e comecei com provas de 5 km e 10 km, a partir daí passei a treinar para as provas de 21 km, que acho as melhores do ponto de vista técnico e de distância”, destaca. Zukovski fez apenas uma prova de 42 km, a maratona de Berlim, e a recomenda para quem quiser enfrentar o desafio. “Sempre pedalei em trilhas de bicicleta (mountain bike) e gostava muito de speed também. Fiz muita natação na adolescência e comecei a pensar na possibilidade de passar da corrida para o triatlo, gostei, e aqui estamos”, comemora o médico.
A melhor parte desse hobby, segundo ele, é poder viajar e conhecer lugares diferentes, outras cidades, países e as pessoas envolvidas. “No ambiente do triatlo, não existe, na maioria das vezes, pessoas reclamando da vida, queixando-se de problemas ou mesmo tristes, geralmente são pessoas com um astral muito alto em um ambiente realmente muito positivo”, recomenda. E por falar em viagem, o médico pretende, “como todo triatleta, fazer uma de Iron Man no Havaí”.
Eduardo Zukovski tem dois filhos que também estão seguindo seus passos. Estudantes e esportistas, os dois já foram campeões paranaenses de tênis. O mais velho, hoje com 20 anos, está cursando o quarto ano de medicina pela Faculdade Pequeno Príncipe-Curitiba e o mais novo, de 18 anos, também cursa medicina na Faceres, em São José do Rio Preto-SP.
Por onde começar?
Sobre a importância de ter um hobby, Zukovski defende que se trata de um momento para fazer o que se gosta sem culpa, “para desligarmos e recarregarmos nossas baterias, o que é muito importante nos dias atuais em que vivemos estressados com tudo. Comece com algo que gostaria muito de fazer, mas nunca teve ‘tempo’, pois a partir daí, quando realmente começar a gostar do seu hobby, vai abrir espaço em sua vida para ele”, incentiva.