Não está fácil para ninguém. A Covid-19 imprimiu um novo ritmo à vida de todos. À dos profissionais de saúde, não é diferente. O susto foi grande para a maioria. Muitos ao escolherem essa área já intuíam os riscos, mas a realidade, na maioria das vezes, se sobrepõe às expectativas. Foi o que aconteceu em relação à essa pandemia. Todos, no entanto, mantêm a convicção de que, no mínimo, sairemos dessa mais fortalecidos.
E você o que acha? Fomos ouvir o grupo de profissionais que trabalha no Centro de Atenção Personalizada à Saúde (APS), da Unimed Paraná. Veja o que eles disseram.
“Escolhi ser enfermeira pois eu queria cuidar das pessoas. E esse é um jeito maravilhoso de poder fazer isso. Poder prestar cuidados ao paciente e ver as melhorias/benefícios obtidos com esses cuidados e atenção é algo muito especial. Na faculdade, ouvimos falar sobre pandemia, mas acredito que não nos imaginamos nesse contexto, pois a última pandemia ocorreu há um bom tempo, nunca imaginei que estaria presente numa situação assim. Acredito, no entanto, que estou lidando bem com a situação atual.
No local em que trabalho, tivemos momentos delicados, mas conseguimos, com algumas mudanças positivas, melhorar as condutas, atender os pacientes, adequadamente, sem corrermos tantos riscos, como em alguns outros locais de pronto-atendimento que temos visto. De qualquer forma, estar na linha de frente é muito diferente. Tudo muda em questão de horas, no começo foram muitas descobertas sobre a situação da nova doença e de novas situações. Tivemos que nos adaptar para podermos nos proteger e ao mesmo tempo manter o cuidado, a humanidade e a empatia com o paciente e com os colegas de trabalho.
Acredito que, aqui, no Centro APS, da Unimed, foi mais fácil, pois tivemos suporte em todos os sentidos, tanto em relação à estrutura, quanto a materiais e equipamentos de proteção – individual e de equipe em si. O que tem facilitando lidarmos melhor com a situação. No início, alguns amigos, parentes, colegas, tiveram dificuldades com materiais de uso único – os EPIs. Aqui, no entanto, tivemos um apoio muito bom de toda equipe e, principalmente, da coordenação. O que gerou segurança.
Marisa Pereira Camilo Alves – enfermeira