Desafios e soluções possibilitadas pela Inovação Aberta são abordados no pré-evento do NDH no 30º Suespar

Pré-evento NDH 30º Suespar

Juntos, construindo a saúde do futuro: assim teve início o tradicional pré-evento do Núcleo de Desenvolvimento Humano (NDH) do 30º Suespar (Simpósio das Unimeds do Estado do Paraná). A programação trouxe o debate acerca da inovação aberta, com a participação de gestores de startups de saúde, além da apresentação de cases das Singulares e o debate sobre os desafios relacionados à inovação no Sistema Unimed.

O diretor de Inovação e Desenvolvimento da Unimed Paraná, Omar Genha Taha, abriu o pré-evento destacando a importância do tema para sustentabilidade das operadoras de saúde. “A gestão está cada vez mais complexa e dinâmica. Com isso, os modelos tradicionais já não são suficientes para resolver as questões existentes”, lembrou. Conforme o diretor, a inovação e a educação corporativa são, atualmente, os dois caminhos essenciais para avançar dentro do setor da saúde suplementar e vencer os desafios impostos. “Cada vez mais voltamos nosso olhar para a inovação aberta, com soluções para a gestão assistencial e para a prática assistencial, que possuem dinâmicas diferentes”, disse.

A discussão teve início com o painel que reuniu as startups Horuss AI, Eyecare e Pipo Saúde para falar sobre as diferentes maneiras de inovar e atuar no setor. “Não se chega a resultados, modelos ou desfechos esperados e permanentes com dados não estruturados ou dados de má qualidade”, pontuou Rafael Canineu, médico especialista em Clínica Geral e Geriatria e  cofundador da Horuss AI, que tem como principal foco a extração e estruturação dados com base em qualquer sistema disponível, bem como a geração de insights a partir dessas informações. “Não basta, porém, apenas estruturar dados: é necessário ter dados de qualidade.”

Em seguida, o médico oftalmologista Marco Negrero abordou a dificuldade que a população brasileira tem quando o assunto é acesso a consultas oftalmológicas – seja por falta de conhecimento sobre a necessidade, ou, então, por problemas relacionados ao acesso à especialidade. Assim, nasceu a Eyecare: um software de gestão para clínicas “de oftalmo para oftalmo”. “Já temos mais de 7 milhões de pacientes conectados, com parceria de mais de 1,5 mil médicos e 100 funcionalidades. Nós nos preocupamos com a jornada do paciente e buscamos soluções múltiplas que atendam, de fato, esses pacientes que sofrem com a saúde visual”, disse o cofundador da startup

Por fim, o médico cardiologista e ex-diretor de Saúde da Pipo, Thiago Liguori, reforçou o pensamento de que não é necessário tecnologia para fazer inovação. “Há diferentes cases de hospitais que conseguiram reduzir mortalidade, por exemplo, apenas com a inclusão de uma campainha nos quartos e o treinamento de pessoas específicas da instituição para atender a essa demanda”, comentou. Agora, o profissional está à frente da Turi, que tem como foco a IA generativa na área da saúde.

Após as apresentações, os profissionais conversaram sobre o desafio de ter uma startup voltada à saúde, chegando a um pensamento unânime: muitas vezes o modelo é subestimado, bem como a complexidade do sistema de saúde, que tem diversas particularidades que fazem com que a inovação e implementação de soluções sejam um pouco mais morosas.

Cases Singulares

A segunda etapa do pré-evento reuniu diferentes cases das Singulares relacionadas à Inovação Aberta, sob moderação do assessor de Inovação da Unimed Paraná, Luiz Gustavo Comeli, e de Carolline Andresi, da Unimed do Brasil. Foram apresentados os cases da Unimed Cascavel, com Everton Antonio Garboça, sobre a conexão com startups a nível nacional; da Unimed Curitiba, com Rafaella Tiepo Borges Abatti, sobre o programa com gestantes e a predição de parto prematuro; o projeto Living Lab Guarapuava – Vale do Genoma, apresentado pelo presidente da Unimed Guarapuava, Décio Sanches Filho; o Leito Inteligente Unimed (LIU), da Unimed Ponta Grossa, com Anderson Horácio dos Reis; e o projeto de Hackathon, com o diretor de Mercado da Unimed Campo Mourão, Paulo Colchon. Todos os cases apresentados tiveram como ponto comum a parceria com instituições acadêmicas, como diferentes universidades do Paraná.

Por fim, os representantes das Unimeds Cascavel, Curitiba, Maringá e Ponta Grossa participaram de um bate-papo com os moderadores sobre os principais desafios relacionados à inovação dentro do Sistema Unimed.

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