O gastroenterologista Leotil Zardo, cooperado da Unimed Oeste do Paraná, fala sobre a constipação intestinal e os principais causadores do distúrbio
Nome completo: Leotil Jose Zardo
Especialidade: Gastroenterologista
Unimed: Oeste do Paraná
Tempo de profissão: Mais de 30 anos
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O que é constipação intestinal?
Você sabia que a constipação intestinal – o popular intestino preso – é um problema do homem moderno? O gastroenterologista Leotil Jose Zardo, cooperado da Unimed Oeste do Paraná, explica que o homem primitivo não sofria desse problema. “Ele era mais ativo, nômade, não era sedentário e tinha uma alimentação rica em fibras, além de ter menos estresse e não fazer uso de medicamentos”, comenta. Com a mudança na forma de viver e, principalmente, a adoção de hábitos não saudáveis, a constipação intestinal passou a ser considerada um fenômeno comum que, atualmente, faz parte das queixes de 50% dos pacientes.
Conforme Zardo, a constipação pode ocorrer em qualquer fase da vida, tanto em homens como mulheres. “Essa condição começa na adolescência e tende a agravar com o passar dos anos, podendo ser um distúrbio agudo ou crônico”, diz. A forma aguda é geralmente consequência do exagero pontual no consumo de determinados alimentos, principalmente os que já têm “fama” de prender o intestino, como goiaba ou jabuticaba. “Já a forma crônica, com sintomas presentes há mais de um ano, é mais complexa e requer uma série de medidas comportamentais e dietéticas que, preferencialmente, deve ser feitas por um médico.
O que causa a constipação intestinal?
De acordo com Zardo, a alimentação pobre em fibras e líquidos retarda o trânsito intestinal, dificultando as evacuações. “Legumes, frutas e verduras devem estar presentes diariamente nas refeições, e são a principal orientação para quem quer iniciar um tratamento eficaz para regular a função intestinal”, destaca. “O sedentarismo também é um fator importante de piora do funcionamento intestinal. Pessoas que têm hábito de praticar atividades físicas e esportivas têm menos problemas com seus intestinos”.
Além de prejudicar a qualidade de vida, a forma crônica da doença pode, a longo prazo, aumentar o risco de surgimento de tumores malignos devido à agressão constante das substâncias tóxicas das fezes à mucosa do cólon. “O ideal é prevenir e evitar a cronificação da doença por meio da adoção de uma alimentação saudável, rica em fibras, ingerindo a quantidade ideal de líquidos por dia e praticando atividade física regularmente”, pontua Zardo.
Por fim, o médico lembra que quem perceber sintomas relacionados ao mau funcionamento dos intestinos deve sempre consultar o gastroenterologista.