Inteligência artificial
Confira depoimentos de alguns médicos do Paraná sobre a inteligência artificial e sua relação com a medicina
“A inteligência artificial não substituirá a mão de obra humana, apesar de o uso do computador modificar, profundamente, o modo como utilizamos nossa força de trabalho. Por meio da inteligência artificial, o tempo para produzir é encurtado. As imperfeições são minimizadas. Isso nos traz conforto e aumento da produtividade. Mas a essência da mente humana, ou seja, nossas emoções, não são replicadas pela máquina sozinha, por mais que se tente. A máquina não reproduz, de forma fiel, o silêncio e o calor da mão que confortam na hora da dor. O computador não convence no abraço que quer demonstrar alegria. O instinto e o amor não são frutos da lógica, e portanto não há como traduzir isso em bytes. O ser humano ainda valoriza o contato humano, e possivelmente sempre vai valorizar”.
“Os algoritmos de inteligência artificial estão permitindo a análise de um volume
imenso de dados e o seu processamento rápido, objetivo e automatizado. Entre os possíveis
impactos desse avanço tecnológico para a medicina, está a possibilidade de que o paciente
venha finalmente a se tornar o centro do atendimento. No passado, tivemos a era dos deuses
da medicina quando o médico foi o centro das atenções, atualmente vivemos a era da medicina
baseada em evidências e, possivelmente, estamos evoluindo para a era da medicina baseada
no paciente, aliando evidências científicas com a condição de saúde própria do indivíduo, suas
percepções e suas perspectivas. Então, ao contrário de substituir, a IA está vindo para facilitar
o trabalho médico, automatizando ações que hoje oneram a prestação de saúde, permitindo
maior dedicação ao paciente e possibilitando aprofundamento na relação médico-paciente,
de forma mais assertiva, personalizada, com maior qualidade e menor custo”.