Fortalecendo laços: saiba mais sobre o Programa de Relacionamento com os Cooperados da Unimed

Iniciativa foca estratégias para ouvir as demandas dos cooperados e desenvolver o sentimento de pertencimento, com resultados promissores no Paraná e no Brasil

Andréa Regina Aguiar Teixeira, analista do Núcleo de Desenvolvimento Humano da Unimed Paraná, acredita que as ações de relacionamento com os cooperados não apenas constroem relações de confiança, mas também estimulam a inovação, em sintonia com os princípios cooperativistas
Andréa Regina Aguiar Teixeira, analista do Núcleo de Desenvolvimento Humano da Unimed Paraná, acredita que as ações de relacionamento com os cooperados não apenas constroem relações de confiança, mas também estimulam a inovação, em sintonia com os princípios cooperativistas

Com o intuito de aprimorar a comunicação e a interação nas Singulares, a Confederação Nacional das Cooperativas Médicas – Unimed do Brasil lançou o Programa Nacional de Gestão e Relacionamento com Cooperado, em março de 2023. A iniciativa engloba estratégias para ouvir suas demandas, fortalecer o sentimento de pertencimento e conhecer melhor seus contextos e percepções de valor.

Durante os primeiros meses, foram feitas avaliações para compreender o nível de maturidade das práticas de relacionamento em cada Singular. A implantação do programa foi cuidadosamente planejada para garantir eficácia e celeridade, a partir de ciclos de seis meses. “Em cada final de ciclo, na reavaliação, são diagnosticadas as principais necessidades das Singulares. Então a gente desenvolve ciclos de melhoria, para poder levar uma capacitação sobre como fazer”, explica a consultora Thais Duarte, da TJD Comunicação e Desenvolvimento. Essa abordagem tem gerado um ciclo de melhoria contínua, com capacitações e desenvolvimento de estratégias personalizadas.

Com base em suas vivências em mais de 150 Singulares, em 20 estados brasileiros, a consultora Thais Duarte ressalta o papel dos técnicos envolvidos no programa, que precisam combinar o perfil tanto de relacionamento quanto a habilidade analítica, para fazer um atendimento mais dirigido ao cooperado

O programa nacional é estruturado em cinco pilares: requisitos essenciais; comunicação e relacionamento; educação cooperativista; remuneração e benefícios; e governança. E a execução das estratégias é guiada por uma matriz de maturidade, que avalia o nível de desenvolvimento das Singulares com base em 27 critérios específicos. “A gente percebe que as Singulares estão mais maduras e já entenderam melhor qual é o papel do programa”, destaca Thais. Atualmente, o número de Singulares que participam do programa já passa de 150, em 13 Federações.

Para além dessa quantidade, a consultora afirma que é preciso olhar para o impacto que esse trabalho está gerando na ponta, a partir de três indicadores estratégicos principais: atratividade, satisfação e retenção de cooperados. Por isso, uma das contribuições do programa nacional também está sendo a incorporação da mensuração desses índices, que ajudam a observar o quanto os médicos escolhem a Unimed como opção viável para trabalhar e quanto os cooperados que já estão na cooperativa estão satisfeitos com o que está sendo entregue.

Exemplo de longa data no Paraná

Embora o Programa Nacional de Gestão e Relacionamento com Cooperado ainda esteja no seu segundo ano de existência, esse tipo de iniciativa já acontecia em algumas Singulares pelo país. No Paraná, por exemplo, já havia o Programa de Relacionamento com o Cooperado desde 2015, elaborado com base nas Diretrizes Estratégicas Estaduais (Dimensão Cooperado) e a Política de Relacionamento do Sistema Unimed Paraná com cooperados, em conjunto com todas as Singulares do estado.

Segundo Thais, essa trajetória e o suporte da Federação do Paraná foram fundamentais para a adesão ao programa nacional e para as atividades bem-sucedidas, que trouxeram bons resultados. “O Paraná é hoje o estado que tem o maior número de Singulares em estágio de excelência ou em níveis muito avançados de desenvolvimento. No momento em que a gente faz a implantação do programa nacional, já existe uma
maturidade de um conhecimento”, destaca. Até o momento, 14 Singulares do Paraná fazem parte do programa nacional. E seis delas apresentaram evolução significativa em 2024.

Trimestralmente, ocorrem reuniões focadas nas pautas levantadas pelos agentes de relacionamento, com discussões sobre desafios concretos e soluções aplicáveis no cotidiano. Também há encontros estaduais com o objetivo de apresentar boas práticas, permitindo que as Singulares compartilhem suas experiências e encontrem caminhos conjuntos para aprimorar a gestão e o relacionamento com os cooperados. Entre outros eventos de capacitação, como a Jornada de Desenvolvimento para Agentes de Relacionamento, que em 2024 chegou à quarta edição, tendo como tema o Programa Navegador de Inteligência Artificial para Negócios, para impulsionar o uso estratégico de IA no ambiente cooperativista. O WhatsApp – Relacionamento Cooperado também merece destaque como principal canal de comunicação e diálogo.

Dessa forma, ainda que nem todas estejam oficialmente ligadas ao programa nacional, o Grupo Estadual dos Agentes de Relacionamento com Cooperado conta com a participação das 22 Singulares, com o envolvimento ativo de 45 profissionais.

“Essa estrutura assegura uma abordagem abrangente e eficaz, permitindo que cada cooperativa seja bem representada e tenha suas demandas específicas atendidas de maneira adequada”, observa Andréa Regina Aguiar Teixeira, analista do Núcleo de Desenvolvimento Humano (NDH) da Unimed Paraná.

Em busca de um futuro próspero 

Para Andréa, a importância do programa de gestão e relacionamento com o cooperado nas Singulares do Paraná é indiscutível. “Ele não apenas estabelece um canal aberto para o diálogo, mas também fomenta a compreensão mútua e o desenvolvimento contínuo, ao promover a participação ativa dos cooperados nas decisões e no crescimento da cooperativa”. Assim, também fortalece o senso de pertencimento e valorização, a cooperação, a educação cooperativista e a gestão transparente, contribuindo para o engajamento dos cooperados. E, consequentemente, para a sustentabilidade das Singulares. “Quando as pessoas percebem que suas contribuições são reconhecidas, elas se sentem motivadas a investir ainda mais em seu coletivo”, conclui a analista do NDH.

De acordo com o médico Luis Francisco Costa – que já foi diretor presidente da Unimed de Paranavaí e diretor superintendente da Unimed Paraná, e atualmente é diretor de Desenvolvimento de Mercado da Unimed do Brasil – esse programa é um dos pilares principais do planejamento estratégico da organização. “Conhecer, gerenciar e ter um bom relacionamento com o cooperado é, em minha opinião, fundamental para a satisfação e retenção dos cooperados. Conhecer a jornada do cooperado, respeitando suas diferentes gerações, e dentro desse processo encontrar também aqueles que têm liderança e gosto pela gestão, é, sem dúvidas, imprescindível para a sustentabilidade de nosso negócio”, afirma.

Assim, esse programa de relacionamento da Unimed não se limita a melhorar a comunicação. Ele visa a transformar a essência das relações dentro das cooperativas, refletindo um compromisso com a construção de um sistema de saúde mais humano e colaborativo. Com um olhar voltado para o futuro, as Singulares do Paraná se preparam para consolidar ainda mais esse modelo de sucesso, garantindo que os laços entre cooperados e cooperativas sejam cada vez mais fortes.

Para Omar Taha, diretor de Inovação e Desenvolvimento da Unimed Paraná, o novo programa de relacionamento com o cooperado que a Unimed Paraná vem desenvolvendo juntamente à Unimed do Brasil tem aspectos importantes em relação aos programas anteriores. O primeiro é que leva em consideração a maturidade de cada Singular na forma como vem conduzindo esse relacionamento. Isso é importante na medida em que essa definição vai orientar a forma de implementação do novo programa. O outro, diz respeito a atenção às diferentes gerações de cooperados que têm aderido ao Sistema Unimed, considerando as características únicas de cada geração, suas necessidades, seu grau de engajamento e outros fatores que possam dar sentido à participação na cooperativa e contribua para sua atuação no mercado de trabalho.