Pediatra une fotografia e medicina no dia a dia de trabalho

Como a fotografia enriqueceu a perspectiva do pediatra Vitor Luis Rosa sobre a vida e a prática médica

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(Foto: ilustração/shutterstock)

Embora medicina e fotografia sejam aparentemente distintas, ambas requerem habilidades similares. Tanto médicos quanto fotógrafos são treinados para observar detalhes e sutilezas visuais. Os médicos usam sua habilidade de observação para identificar sintomas, diagnosticar condições médicas e interpretar exames. Os fotógrafos, por sua vez, desenvolvem um olhar aguçado para enquadrar, compor e capturar imagens. Na perspectiva do médico pediatra Vitor Luis Rosa, cooperado da Unimed Londrina, essas duas “artes” se entrelaçam de maneira mais do que harmoniosa.

Já nos primeiros anos como aluno da Universidade Federal Fluminense, Rosa descobriu sua paixão pela fotografia, usando uma pequena câmera Olympus numa era em que o filme ainda dominava. Esse interesse inicial pelo ato de registrar momentos por meio da fotografia foi o ponto de partida para uma jornada que se estende até os dias de hoje.

A fotografia desempenha um papel significativo na troca de informações entre os profissionais de saúde. Ao documentar visualmente casos clínicos, exames ou condições médicas, eles podem compartilhar imagens e obter opiniões de outros especialistas de forma rápida e eficiente.

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O médico já teve suas fotografias veiculadas em jornais, como é o caso desta que foi divulgada na Folha de Londrina (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)

E Rosa soube tirar proveito desse auxílio. No decorrer dos anos, a fotografia deixou de ser apenas um hobby. Ele conta que, desde a época da faculdade, documentava casos atendidos por meio de slides, utilizando-os como uma forma de registrar e compartilhar impressões diagnósticas com seus colegas de profissão. Uma prática que influencia positivamente seu trabalho.

“A documentação em fotografia torna o momento real para sempre, da mesma forma que nossos registros em atendimento aos pacientes são imprescindíveis na segurança e documentação dos casos”, comenta.

O tempo, frequentemente escasso na vida agitada de um médico, tornou-se mais disponível para Rosa agora que ele se dedica exclusivamente ao atendimento em urgência e emergência. Apreciador das paisagens e dos encontros que a vida proporciona, o médico conta que adora fotografar tanto a beleza natural ao seu redor quanto os momentos de conexão entre pessoas, sejam eles em encontros familiares ou reuniões com amigos.

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Ele até investiu em seu hobby ao participar de um minicurso com um fotógrafo profissional, aprimorando suas habilidades e técnicas. E, embora não tenha realizado exposições formais, o médico compartilha suas obras em diferentes plataformas.

“Já publiquei fotos em jornais, e sempre que acho interessante, compartilho nas redes sociais e envio para amigos e familiares, especialmente se forem alvos da fotografia”, revela.

Percepção

Tanto na medicina quanto na fotografia, as pessoas apreciam a complexidade do mundo. Médicos percebem a força do corpo humano e enfrentam a doença, enquanto fotógrafos buscam registrar a diversidade da natureza, das pessoas e das experiências humanas.

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O médico Luis Vitor Rosa, ao lado dos “Doutores da Alegria”, no Hospital Universitário de Maringá – (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

E a história do médico mostra como essas duas áreas podem se complementar, oferecendo uma visão ampla e sensível de momentos e emoções. Sua dedicação em cuidar das pessoas e apreciar os encantos da vida reflete-se tanto em sua atuação como médico pediatra quanto em sua paixão pela arte da fotografia.

“O clique nos proporciona detalhes que, a olho nu, passariam despercebidos. Ao olhar para esse tipo de registro, vemos com clareza a beleza ao nosso redor, inclusive nas sensações registradas na foto, principalmente nas comemorações, seja de momentos festivos ou demonstrações de sentimentos, às vezes num simples sorriso ou na documentação de algo planejado”, conclui.

Rosa avalia que fotografia tem o poder de revelar detalhes que passam despercebidos aos nossos olhos, permitindo uma visão clara do mundo ao nosso redor. Por isso, para ele, capturar imagens não é apenas um hobby, mas também uma fonte de prazer e bem-estar constantes, tanto pessoal quanto profissionalmente.

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