Atendimento domiciliar torna o tratamento mais humanizado para pessoas com doenças crônicas e acelera a recuperação de quem necessita de cuidados no longo prazo
Já imaginou ficar internado em um hospital durante semanas apenas para receber medicação, como antibióticos, por exemplo? Essa é a realidade de muitos pacientes crônicos, que são obrigados a ficar longe de suas casas e famílias para receber o tratamento adequado, mesmo sem necessidade de internação. Era o caso da artista plástica Ana Maria Romero, de 60 anos, antes de receber os cuidados do Serviço de Atendimento Domiciliar (DOM), da Unimed Londrina.
Diagnosticada com uma doença autoimune há 30 anos, ela relata que já dependeu muito de hospitais, mas que teve a vida transformada ao contar com assistência médica em sua residência, sem necessidade de enfrentar o ambiente hospitalar.
“Quando apareceu o DOM, para mim, foi a coisa mais maravilhosa que criaram na face da terra. Ajudou-me muito porque, antes, a minha vida era ficar em hospital, e ficar dentro de casa é outra coisa. Não tem comparação, você na sua vida, comendo sua comida, com suas coisas, levantando, indo à cozinha, tendo o convívio com a família”, comenta Ana Maria.
Valorização
A forma humanizada como a equipe realiza o trabalho, a preocupação com o bem-estar do paciente e a disponibilidade para ajudar são pontos destacados pela artista plástica. Ela conta que em todos esses anos sendo atendida pelo DOM, nunca encontrou nenhum integrante da equipe de mau humor ou estressado.
“A gente sabe que todo mundo tem seus problemas, mas eles, quando entram na sua casa, deixam os problemas lá fora. A atenção é toda em você, para te escutar e saber o que está acontecendo com você. Eles trabalham com muito carinho”, ressalta.
Para a gerente de Assistência Domiciliar da Unimed Londrina, Lucieire Ramon, o sentimento de gratidão é recíproco. “Quando o paciente expressa por meio de palavras a emoção de termos proporcionado uma ação positiva e de bem-estar, conseguimos perceber o quanto nossas atitudes o ajudaram no momento em que ele mais precisava e que nossos esforços não estão sendo em vão e, consequentemente, compreendemos que estamos no caminho certo”, declara.
Diferencial
Quem também é muito grato ao serviço humanizado prestado pelo Atendimento Domiciliar é o administrador Hiuri De La Rosa, que foi acompanhado pelo DOM entre dezembro de 2017 e junho de 2018. Acometido por uma escara sacral, também chamada de úlcera de pressão, ele precisou ficar em repouso absoluto por seis meses.
“Não existe lugar melhor do que a sua casa, certo? Especialmente nesses momentos de doenças, nos quais a instabilidade protagoniza, mudando completamente a rotina da vida do paciente e dos seus familiares. É bom também para a família, que não precisa deslocar-se, diariamente ao hospital e consegue manter de forma mais regular a rotina familiar e suas tarefas”, diz De La Rosa.
Auxiliares de enfermagem, enfermeiros e fisioterapeutas, foram responsáveis pela administração vias venal e oral de medicamentos, troca de curativos e fisioterapias respiratória e motora nesse período. De La Rosa diz que, além dos cuidados médicos, recebeu ainda orientação e amor em forma de perícia, cuidado, entrega e responsabilidade, que, sem dúvida, aceleraram sua recuperação.
Cumplicidade
Para Ana Maria, quem faz uso do serviço apenas uma ou duas vezes talvez não compreenda a importância desse tipo de relacionamento, porém os pacientes crônicos, como ela, dão extremo valor ao trabalho desenvolvido.
“Eles são muito atenciosos com os pacientes em geral. Isso ajuda o paciente muito, porque o atendente não chega simplesmente ao hospital, liga um remédio e sai do quarto. Ele fica te acompanhando, vendo se a medicação está fazendo bem, conversa, te distraí para passar por esse período mais rápido. Não importa se são 2 da tarde ou 2 da manhã”, enfatiza.
Segundo Lucieire, a proposta do DOM é justamente prestar um atendimento personalizado que visa à melhor qualidade de vida e à valorização do ser humano como um todo. Ela diz que o vínculo com os clientes que permanecem em atendimento por longo tempo ou com aqueles que sempre estão sob os cuidados da equipe é muito comum, pois se estabelece uma relação muito próxima por conta das características do serviço prestado.
“Procuramos atender nossos clientes de forma humanizada, mantendo um relacionamento entre os profissionais de saúde e os pacientes, baseado no respeito, na empatia e no carinho, focando nas necessidades próprias dos pacientes, que vão além dos aspectos patológicos”, explica.
Segurança
O DOM atende cerca de 500 pacientes por mês, entre os casos mais comuns, estão os pacientes com doenças infecciosas, como pneumonias e infecções do trato urinário, além de pacientes com doenças crônicas em uma fase mais complexa da doença, que necessitam de acompanhamento mais frequente. Em 20 anos de funcionamento, mais de 24 mil clientes já foram atendidos em casa pela equipe da Unimed.
Segundo De La Rosa, além de favorecer a recuperação, uma das grandes vantagens do atendimento em casa é a redução do risco de contrair infecção hospitalar e de sofrer complicações. Para Ana Maria, isso também é fundamental.