Os impactos causados pela Covid-19 no Sistema Unimed foram discutidos nesta quinta-feira (25), durante uma live realizada pela Central Nacional Unimed (CNU), que abordou os desafios impostos pela pandemia e o futuro cenário da saúde brasileira. Participaram do debate as Unimeds Paraná, Porto Alegre e Fortaleza, consideradas destaque no enfrentamento à pandemia por meio de projetos para manter os atendimentos em suas cooperativas.
No encontro, o presidente da Unimed do Brasil, Orestes Pullin, comentou os “efeitos colaterais” da pandemia no país e no sistema de saúde, tanto público quanto privado, e relembrou o DNA do Sistema Unimed, intimamente ligado com o trabalho médico. “Quando a gente imagina o impacto da Covid no Sistema, temos que imaginar qual é o impacto dessa pandemia de forma geral na atividade médica. O que isso está mudando na atividade? Qual vai ser o futuro?”, questiona.
Para o presidente, toda a sociedade vai sofrer os impactos ocasionados pela pandemia, e a atividade médica não será diferente. “Eu até acredito que algumas coisas vão mudar, e a própria atividade médica vai mudar. Ferramentas tecnológicas que a gente e a sociedade tinha dificuldade de aceitar e colocar, de certa forma estão sendo obrigados a serem usados, sejamos médicos ou pacientes. A telemedicina é um exemplo disso”, destaca, ao citar, também, a Inteligência Artificial e o tráfego de dados. “Mas a relação médico-paciente não vai desaparecer, os problemas da sociedade, as doenças vão continuar, os acidentes…”.
Por fim, Pullin disse acreditar que a pandemia possa mudar a visão sobre a saúde, melhorando a interação entre os setores público e privado. “O Brasil não vai sobreviver só com o mercado ou só com o Estado. A interação possibilita que a gente tenha um país mais humano e mais possível de enfrentar as dificuldades que virão pela frente”, finaliza.
Em seguida, o presidente da CNU, Alexandre Ruschi, explanou as ações tomadas desde o início da pandemia, visando o enfrentamento da doença e o fortalecimento do Sistema como um todo. “Eu não tenho dúvidas de que o que a gente está enfrentando nesse país seria ainda mais dramático se esse projeto cooperativo médico não estivesse tão bem estruturado, e não estivesse em todos os lugares do Brasil como está”, diz.
Ações da Unimed Paraná são destaque
Assim como as Unimeds Porto Alegre e Fortaleza, a Federação paranaense foi destacada durante a live pelas ações de enfrentamento à pandemia. “Somos responsáveis por 22 Singulares no estado, o que significa aproximadamente 1,5 milhão de vidas no Sistema Paranaense. Somos prestadora de serviço e também operadora de saúde”, explicou a gerente de Atenção à Saúde da Unimed Paraná, Oáidia Noceti Serman, responsável pela apresentação.
A gerente detalhou o planejamento precoce realizado pela Federação, que visou controlar o risco e minimizar o impacto da pandemia. “É um período de muita incerteza e dificuldade, mas também de oportunidade para a gente conseguir auxiliar o Sistema Paranaense”.
Ao longo da apresentação, Oáidia detalhou as ações adotadas em relação a todos os públicos: colaboradores, clientes, APS e sociedade, além das estratégias internas e externas. “Dentro do Núcleo de Inteligência e Informação em Saúde (NIIS) nós criamos o Painel Covid, com dados de 100%, praticamente, das operadoras do Paraná, mostrando todas as solicitações de teste para detecção de Covid, com geolocalização, identificação dos clientes e todos os itens de liberação relacionados aos casos”, detalhou, ao mostrar a ferramenta aos participantes. O painel traz, ainda, diferentes projeções futuras, baseadas em diferentes curvas e exemplos de países que já passaram pela chamada “primeira onda” de infecção.
Por fim, a gerente falou sobre a criação do Centro de Controle Estadual Covid-19, construído com base em seis pilares e indicadores com integração em bases públicas. “Nesse momento temos que nos preparar para o pior período no Paraná. Por isso, estamos montando e já trabalhando com esse Centro, que estará funcionando 100% em julho”, finaliza.
Movimento Saúde & Ação
Além de falar sobre os impactos da Covid-19 no Sistema Unimed, e trazer relato das três cooperativas-destaque, a live abordou o movimento Saúde & Ação, criado por alguns Institutos Unimed, órgãos ligados às cooperativas Unimed que atuam para intensificar os investimentos em projetos para comunidades locais, em parceria com a Unimed do Brasil e Unio Soluções. “É a vontade de fazer o bem pela união. Institutos do Sistema Unimed se juntaram para arrecadar fundos para ajudar famílias em todo o Brasil, que moram em regiões de alta vulnerabilidade social”, detalha Valdmário Rodrigues Junior, diretor de Integração Cooperativista e Mercado da Unimed do Brasil.
Por meio do projeto, as famílias recebem cestas básicas, itens de higiene e máscaras de proteção, que são comprados em comércios locais de cada região. Até o momento, a CNU já ajudou mais de quatro mil famílias. Para conhecer o movimento, basta acessar o link: www.saudeeacao.org