A vida é movimento. Se você não tem um projeto de vida, apenas se coloque como alguém que deseja ser feliz, esse já é um primeiro passo, mas dê outros…
Virou moda: Você precisa ter um propósito de vida. Caso contrário, que sentido a vida tem? Não é bem assim. Segundo a estrategista de Carreira Juliana Paes Garcia, até é possível viver sem um projeto de vida. O fato é que provavelmente isso trará mais frustração e sensação de “barco à deriva”. E o propósito vai ajudar a você definir projetos de vida. “Se você não tem minimamente uma ideia do que quer fazer, do que quer realizar, você corre o risco de ser engolido pela rotina e um dia acordar e se perguntar: ‘o que foi que eu fiz com a minha vida? ’ ”.
Juliana acredita que o termo “propósito de vida” tem sido muito romantizado recentemente. “Parece que é um pote de ouro encantado no final do arco-íris: ao encontrá-lo, tudo fará sentido e sua existência ficará mais fácil e mais feliz”, diz. Não é bem assim. No entanto, ter consciência dele nos ajuda bastante. “Ele não é algo que está fora e que temos que buscar, nem uma dádiva reservada para poucos. Na verdade, ele é como se fosse nossa bússola interna, que nos dá clareza para tomarmos decisões conscientes na vida, e também um ‘pra quê’, capaz de nos ajudar a levantar todos os dias e a fazer o que precisa ser feito para realizar os nossos sonhos”, avalia.
Jornada de autoconhecimento
Para descobrirmos nosso propósito de vida, é fundamental uma jornada de autoconhecimento. Isso significa, entre outras coisas, nos observarmos. “Perceber o que gostamos ou não de fazer, quais causas chamam mais a nossa atenção, qual legado queremos deixar neste mundo. Que diferença queremos fazer aqui na Terra. Esse processo pode ser feito sozinho, ou com a ajuda de um profissional. No entanto, é importante alinhar expectativas. Geralmente passamos tanto tempo vivendo condicionados à uma vida e à uma carreira, que não sabemos mais quem somos ou o que queremos. Por isso, esse é um processo que leva tempo”, explica a estrategista.
Quem descobre seu propósito de vida, quem desenha projetos de vida, cultiva sonhos, tem a sensação de ‘voltar para casa’, de estar alinhado com a sua essência. “De fazer aquilo que nasceu para fazer”, afirma Juliana. Segundo ela, isso faz com que nos sintamos confortáveis com nossa própria pele. “Sem ter que vestir máscaras para ser aceito ou seguir padrões da sociedade que não fazem sentido”, destaca. No entanto, a estrategista é enfática: “É fundamental que as pessoas não paralisem seus sonhos enquanto não encontrarem seu propósito de vida. Isso não é algo que acontece do dia para a noite, com a maioria de nós. É algo que acontece ao longo da vida. Todavia, não é prudente esperar ‘conhecer’ esse propósito para entrarmos em ação. Precisamos nos colocar em movimento para descobrirmos quem somos e o que queremos da vida. Se você não tem um projeto, estabeleça um provisório, dê os primeiros passos. Caminhe e aos poucos vá se descobrindo”, complementa a estrategista.
Quer saber mais? Acesse: Recomeçar na carreira aos 30, 40, 50