Os brasileiros aumentaram o uso de remédios para dormir. De acordo com a Associação Brasileira do Sono, as vendas cresceram 30% nos últimos dois anos. Apenas um indutor de sono apresentou 68% a mais no consumo. O problema é que isso está se tornando uma epidemia.
Nesta Conversa Ampla, o psiquiatra Eduardo Luiz Frassato explica as principais indicações dos remédios e orienta sobre a importância de ter uma boa estrutura do sono e evitar os medicamentos. Ele conta que a ansiedade tende a correr junto com a insônia, apesar de não ser sua única causa. Também cita as consequências a curto prazo dos medicamentos, os sinais de vício e os problemas em tomá-los sem receitas médicas.
Segundo Frassato, é importante que a medicação complemente outros tratamentos que estão sendo feitos, e não seja a principal intervenção. Abordagens não medicamentosas precisam ser levadas em consideração, com destaque para a terapia cognitivo-comportamental para a insônia. “O vício nos medicamentos para dormir é uma preocupação legítima na comunidade médica”, opina.
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Dicas sobre remédios para dormir
- Não use remédio para dormir sem orientação médica
- Siga rigorosamente a dosagem prescrita
- Caso não se adapte à medicação, informe o médico imediatamente
- Tenha em mente que os indutores são soluções paliativas e devem ser usadas por pouco período
- Nunca misture com álcool ou outros depressores do SNC (Sistema Nervoso Central), a exemplo de álcool, ansiolíticos e xaropes