Em meio à pandemia de Covid-19, que assola todo o mundo, outra doença tem preocupado os paranaenses: a dengue. Na última semana, a Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) confirmou 10.289 novos casos, totalizando 167.707 mil casos da doença em todo o estado. O boletim, divulgado nesta terça-feira (12), confirma, ainda, dez óbitos. As mortes ocorreram entre e fevereiro e abril, e estavam em processo de investigação.
No momento, 228 municípios do Paraná estão em situação de epidemia, e apresentam taxa da incidência proporcional acima de 300 casos por 100 mil habitantes. São 303.548 mil notificações para a dengue em todas as regiões do estado. O boletim totaliza dados de julho de 2019 até a data de ontem, dia 11.
Óbitos
Entre os dez óbitos confirmados nesta semana, dois são de crianças e cinco não apresentavam comorbidades associadas, ou seja, outras doenças. Dois óbitos foram no município de Paranavaí: duas mulheres, uma de 67, com cardiopatia associada, e outra de 58 anos, sem comorbidade.
Os demais óbitos aconteceram em Foz do Iguaçu, homem, 53 anos, sem comorbidade; Cascavel, homem, 21 anos, sem comorbidade; Douradina, homem, 91 anos, sem comorbidade; Sarandi, mulher, 54 anos, com epilepsia associada; Toledo, mulher de 43 anos, que havia passado por cirurgia bariátrica há 4 anos; Tupassi, homem de 63 anos, com hipertensão; Assis Chateubriand, um menino de 8 anos, sem comorbidade , e em Maringá, outro menino de 4 anos que apresentava sequela neurológica.
Curva de redução
De acordo com a Sesa, apesar do número expressivo de casos, a curva epidemiológica da dengue começa a mostrar tendência de queda. A análise das quatro últimas semanas aponta que essa tendência pode ser avaliada em pelo menos 167 municípios. “Na maioria dessas cidades, atuamos em parceria com as secretarias municipais de Saúde realizando mutirões técnicos para eliminação dos criadouros, nos meses que aconteceram a pandemia do novo coronavírus”, explica a coordenadora de Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte.
A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes, destacou, ainda, a importância do apoio de cada cidadão neste momento, principalmente pelo fato das ações de campo estarem restringidas durante a pandemia. “Contamos, principalmente, com o apoio de cada paranaense, na verificação de sua casa, eliminando todo recipiente que possa acumular água, nos ambientes internos e externos de casa, como em vasos de plantas, calhas, pneus parados, vasilhames destampados, entre outros. Os números publicados mostram que ainda existe um desafio muito grande pela frente e a cooperação de cada cidadão é fundamental”, disse.
Sintomas clássicos da dengue
- Febre alta com início súbito
- Dor de cabeça
- Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento deles
- Perda de paladar e apetite
- Náuseas e vômitos
- Tonturas
- Extremo cansaço
- Manchas e erupções avermelhadas na pele semelhantes ao sarampo ou rubéola, principalmente no tórax e membros superiores
- Moleza e dor no corpo
- Dores nos ossos e articulações
Sinais de alerta da dengue
- Dores abdominais fortes e contínuas
- Vômitos persistentes
- Pele pálida, fria e úmida
- Sangramento pelo nariz, boca e gengivas
- Sonolência, agitação e confusão mental (principalmente em crianças)
- Sede excessiva e boca seca
- Pulso rápido e fraco
- Dificuldade respiratória
- Perde de consciência