Autossabotagem: o inimigo está dentro

Autossabotagem
(Foto: Ilustração/Pixabay)

Sabe aqueles momentos em sua vida que parece que tudo sai errado? E pior, você já viu esse filme outras vezes, já passou por uma situação semelhante… O que acontece? Por que isso sempre se repete? Quais os mecanismos que fazem você cair na mesma cilada, duas, três, repetidas vezes? Você pode estar diante da tal autossabotagem. Vez ou outra, todos nós podemos ser vítimas desse mecanismo de quase autodestruição.

A estrategista de Carreira, Juliana Paes Garcia, explica que a autossabotagem são pensamentos que nos levam a agir na direção contrária aos nossos objetivos. “São nossos inimigos internos, que estão na nossa mente, diminuindo nossa autoconfiança e nos mantendo presos a um ciclo de mediocridade”, explica. Esses “inimigos ocultos” existem desde a nossa infância e, de tanto ouvir esses pensamentos, nós nos rendemos a eles e achamos que são normais. Que é normal pensar assim.  

Juliana

Juliana lembra que a autossabotagem afeta nossa vida, nossos caminhos e nossas escolhas porque nos faz duvidar da própria capacidade. “Faz com que tenhamos uma visão crítica e distorcida de nós mesmos e das situações. Nos faz procrastinar. Causa problemas nos relacionamentos, nos impede de aproveitar oportunidades no trabalho e, além de tudo isso, nos faz agir como vítimas e sucumbir diante das dificuldades”

Segundo a estrategista de Carreira, quase todo o sofrimento que vivenciamos no nosso dia a dia é causado por autossabotagem, em maior ou menor grau. Juliana lembra que nós não escolhemos as dificuldades
que enfrentamos, mas escolhemos como vamos reagir a elas. E essa diferença é muito importante. “Mesmo situações difíceis, como a da crise a qual estamos vivenciando, é possível se enxergar de duas maneiras: com nosso cérebro sábio ou com nosso cérebro sabotador”, frisa.

A autossabotagem pode ser identificada através de dois sinais claros: o
primeiro é quando pensamos e agimos contra aquilo que queremos. “Por
exemplo: alguém diz que quer começar um negócio próprio como terapeuta de casais, mas todo dia arruma uma desculpa diferente para não postar conteúdo nas suas redes sociais. Diz para si mesma que ainda não está pronta, que precisa estudar mais, que só pode começar depois que o site estiver pronto, etc. Ou seja: os pensamentos estão todos indo na direção
contrária ao objetivo proposto”, destaca Juliana.

Angústia

O outro sinal, segundo ela, é quando o indivíduo está consumido por energias negativas. “Por exemplo, uma pessoa tem uma reunião importante no dia seguinte, e na noite anterior seus pensamentos ficam criando mil cenários de tudo o que pode dar errado, causando ansiedade e angústia. Na hora da entrevista, você está cansado, inseguro, pessimista – e, muito provavelmente, isso afetará negativamente o resultado da reunião”, assegura a estrategista.

Para trabalhar a autossabotagem e vencê-la, o primeiro passo é investir em autoconhecimento. “Perceber quais são esses pensamentos que tiram a gente do nosso rumo. Além de aumentar o nosso índice de domínio interior, que é a nossa capacidade de nos autoperceber e de nos autogerenciar. É um trabalho diário, de aumento de consciência e de parar de dar ouvidos a esses pensamentos que só atrapalham a nossa vida”, explica Juliana.

Segundo ela, a principal mensagem que a autossabotagem pode nos dar é a percepção de que nós somos a causa e a solução da maioria de nossos problemas. “O velho ditado de que ‘a nossa mente pode ser nossa pior inimiga ou nossa maior aliada’, não poderia ser mais verdadeiro. Somos seres que repetem padrões e, se a nossa vida está empacada, precisamos avaliar quais são os padrões que estamos repetindo ao longo dos anos”, orienta Juliana. Eles podem dar sinais do que precisa ser ajustado.

Juliana lembra que podemos utilizar nossa mente e nossas emoções contra ou a nosso favor. Por isso, terapeutas, coaches e profissionais ligados ao desenvolvimento humano, não cansam de repetir: conhecer-se é fundamental. Em seus treinamentos sobre autossabotagem, ela destaca as pesquisas na área da “inteligência positiva”, conceito difundido por Shirzad Chamine, autor do “Inteligência Positiva – porque só 20% das equipes e dos indivíduos alcançam seu verdadeiro potencial e como você pode alcançar o seu”. Você pode ter uma ideia de como anda seu coeficiente (quociente) de Inteligência Positiva (QP) e os sabotadores da sua mente, acessando esse link. Conhecer os seus sabotadores já é um primeiro passo para conseguir vencê-los.

Se você quer explorar mais esse assunto, acesse:

Texto do LinkedIn: https://www.linkedin.com/pulse/faxinana-cabe%C3%A7a-juliana-paes-de-almeida-garcia/
Veja vídeo, no Instagram, que fala sobre Síndrome do impostor: https://www.instagram.com/tv/B27MrkaDuDt/?utm_source=ig_web_copy_link