Médica explica os impactos da menopausa na vida da mulher e como lidar com esse momento
A última menstruação – que geralmente acontece entre 45 e 55 anos – recebe o nome de menopausa e marca o fim da fase reprodutiva da vida da mulher. Isso significa que ela esgotou seu estoque de óvulos que foram liberados desde a puberdade, mês a mês, ao longo de 30, 35 anos. O período que se segue após a cessação da menstruação é chamado de climatério, uma fase de transição na qual a mulher passa da fase reprodutiva para a fase não-reprodutiva. Há uma diminuição das funções ovarianas, fazendo com que os ciclos menstruais se tornem irregulares, até cessarem por completo.
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Em alguns casos, a fase da menopausa e do climatério são assintomáticas. No entanto, a maioria das mulheres começa a apresentar sintomas de intensidade variável, já no início, devido à diminuição progressiva das concentrações dos hormônios femininos. Os sintomas mais comuns são: as temidas ondas de calor (fogachos), ciclos menstruais irregulares, incontinência urinária, diminuição da libido, irritabilidade, depressão, melancolia, unhas e cabelos mais frágeis, perda de massa óssea, aumento do peso e aumento de doenças cardiovasculares.
O diagnóstico da menopausa só pode ser feito depois que a mulher passou doze meses sem menstruar. Já o diagnóstico do climatério leva em conta os sintomas, o exame clínico e exames laboratoriais de sangue. A mamografia, o papanicolau, o ultrassom transvaginal e a densitometria óssea são exames que se completam e devem ser repetidos regularmente.
Tratamento para a menopausa
A terapia de reposição hormonal tem a vantagem de aliviar os sintomas físicos como, por exemplo, o fogacho, sintomas psíquicos como depressão e/ou irritabilidade, e ainda os que estão relacionados com os órgãos genitais como a incontinência urinária e a secura vaginal. Além disso, as reposições hormonais funcionam como proteção contra a osteoporose e asseguram uma melhor qualidade de vida para a mulher.
Ou seja, manter uma alimentação saudável, atividade física regular, não fumar e evitar o consumo de álcool, bem como cuidados com a saúde bucal, são algumas das medidas simples, mas que incorporadas aos hábitos diários de vida se tornam passos importantes para ajudar a aliviar os sintomas negativos.
Por fim, podemos concluir que esse período é marcado por muitos desafios, mas que podem ser superados e amenizados quando unimos profissionais capacitados da área como ginecologistas, endocrinologistas e psicólogos para tratar os sintomas da menopausa. É importante contar com a compreensão e apoio de todos aqueles que estão presentes na vida da mulher durante esse período.
Artigo escrito por Lilian Lang, médica formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e especializada em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da UFPR. Trabalha em consultório desde 1988, é auditora médica da Unimed Federação do Paraná desde 1997, e coordenadora médica da Auditoria retrospectiva da Unimed Curitiba desde 2014