A cirurgião oncológica, cooperada da Unimed Foz do Iguaçu, fala sobre o HPV e a importância da vacina
Nome completo: Isadora Lippmann Cunha da Silva
Especialidade: Cirurgia Oncológica
Unimed: Foz do Iguaçu
Tempo de profissão: 12 anos
HPV: importância e eficácia da vacina
O papiloma vírus humano, conhecido como HPV, é o vírus de transmissão sexual mais comum do mundo. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 5% e todos os cânceres em homens, e 10% dos diagnosticados em mulheres, são causados pelo HPV. “Mais de 100 tipos de HPV já foram encontrados, e estima-se que 80% das pessoas sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos do vírus em alguma fase da vida. Por ser uma infecção assintomática, pode passar despercebida por muito tempo, até mesmo transmitindo o vírus sem saber”, comenta a cirurgiã oncológica, cooperada da Unimed Foz do Iguaçu, Isadora Lippmann Cunha da Silva.
Os HPV são causadores por quase 100% dos casos de câncer de colo de útero, 95% dos de ânus, 90% dos de verrugas genitais e 35% dos casos de câncer de pênis. No Brasil, anualmente, aproximadamente 16 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de colo de útero. “Devido a todos esses dados, a vacinação contra o HPV é essencial, eficaz e deve acontecer o mais cedo possível”, reforça. Meninas e mulheres, de 9 a 45 anos, e meninos e homens, de 9 a 26 anos, podem realizar a vacinação. “Com a vacina, as células de defesa estarão preparadas para combater a doença em um provável contato com o HPV”.
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Mais de 270 milhões de doses já foram aplicadas no mundo, e o resultado mostrou ser eficaz em reduzir o aparecimento de lesões que resultam no câncer de cólo de útero. Com relação aos efeitos colaterais, os mais comuns foram dor e vermelhidão no local de aplicação. “O esquema vacinal depende da idade do início da vacinação, geralmente recomendadas duas ou três doses”, diz Isadora.
Para meninas e meninos de 9 a 14 anos, são duas doses com intervalo de seis meses entre elas. Já a partir dos 15 anos, são três doses. A segunda dose sendo um ou dois meses após a primeira, e a terceira com seis meses após a primeira. “Lembrando que a vacinação não elimina a necessidade de fazer o exame preventivo, pois com o Papanicolau é possível rastrear lesões assintomáticas que podem evoluir para tumores malignos”, completa.