Diferenças entre resfriado, gripe e Covid-19

Médica explica principais diferenças e sintomas do resfriado, gripe e Covid-19. Confira!

Nesses tempos de pandemia, em que um simples espirro pode ser um sinal de alerta para a Covid-19, as dúvidas são intensas quando ouvimos termos como H1N1, H3N2, etc. Afinal, como se precaver e buscar o melhor tratamento em cada situação? Em primeiro lugar, é importante lembrar das diferenças entre essas doenças. “Um resfriado é uma infecção das vias áreas superiores que pode ser causada por diversos vírus: rinovírus, adenovírus, parainfluenza. E consiste num quadro leve, com coriza, congestão nasal e dor de garganta”, explica a médica de Família e Comunidade Camila Berti, do centro APS da Unimed Paraná.

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 “A gripe é uma infecção das vias aéreas causada pelo vírus influenza (existem os tipos A, B e C), com sintomas mais intensos que o resfriado. A febre, a dor no corpo e a fadiga, nesse caso, são comuns”, continua Camila. A médica explica que o H1N1 e o H3N2 são subtipos (variantes) de vírus da Influenza A. “Embora possuam diferenças genéticas, os dois vírus provocam doenças parecidas”, explica.  (Veja algumas diferenças nos sintomas, na tabela abaixo).

Sintomas podem ser parecidos

Os principais sintomas pelo vírus H3N2 são coriza, tosse, dor de garganta, dor no corpo, dor de cabeça, fraqueza e febre. “Quem está contaminado deve ficar em isolamento por sete dias, para evitar contaminar outras pessoas, fazer repouso, hidratar-se e usar medicamentos para amenizar dores e febre. Vale lembrar que antibiótico não é tratamento para infecções causadas por vírus, a menos que haja infecção bacteriana secundária”, alerta Camila.  O grupo de risco é composto por idosos, crianças menores de 5 anos, gestantes e pessoas com comorbidades.

Os sintomas da gripe e da Covid-19 são muito parecidos, segundo a médica, entretanto, podem existir algumas diferenças. “Na gripe, os sintomas têm início súbito, logo no início os pacientes sentem muito mal-estar, fadiga, inapetência, febre alta. Na covid-19, em geral, o início é mais lento. Porém, para ter certeza, é necessário fazer o teste”.

Existe ainda o “flurona”, nome dado à infecção simultânea pelos vírus da Covid-19 e o Influenza.  “Não é uma doença nova, nem uma mutação conjunta desses dois vírus, é apenas a detecção simultânea das duas doenças. Felizmente essa coinfecção tem sido rara, e a maioria dos casos são leves”, explica.

A importância do cuidado

A principal forma de evitar o contágio, tanto da gripe quanto da covid-19 é continuar com os cuidados recomendados desde o início da pandemia. “Usar máscara, lavar as mãos, frequentemente, e evitar aglomerações. As vacinas são importantes para prevenção de formas graves da gripe. Devido às mutações genéticas do vírus, é necessária a produção de novas vacinas anualmente. A vacina contra a nova variante H3N2 que está circulando no momento deve chegar nos próximos meses”.

A médica acredita que alguns hábitos de higiene reforçados pela pandemia deveriam permanecer para sempre.  “Essa pandemia trouxe muita informação a respeito dos nossos ‘inimigos invisíveis’ – vírus, bactérias e outros micro-organismos. As medidas de higiene como lavar as mãos com frequência, não levar a mão ao rosto sem antes higienizá-las, passar álcool, trocar de roupas e sapatos quando chegar em casa, devem sempre ser relembradas, pois evitam a disseminação de diversas doenças”, destaca.

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Como último alerta, Camila lembra que estamos passando por um período importante na pandemia. “A vacinação em massa e a nova cepa da covid-19 (ômicron), que é mais leve em termos gerais, levaram a uma redução da gravidade dos sintomas. Com isso, muitas pessoas não têm dado importância a sintomas leves como coriza e dor de garganta – muitas vezes os únicos sintomas da covid-19 nesse momento. Por isso, se estiver sentindo qualquer sintoma (mesmo que ache que seja um simples resfriado) se isole e procure informações com um centro de saúde. A pandemia ainda não acabou e precisamos evitar ao máximo a transmissão. Juntos vamos sair dessa!”, defende.  

Confira as principais diferenças entre gripe, resfriado e Covid-19: