Existem mais de 81 transtornos estudados pela medicina do sono. Confira 10 dos distúrbios do sono mais comuns e seus sintomas.
- Transtorno de insônia
- Transtorno de hipersonolência
- Síndrome das pernas inquietas
- Transtornos do sono relacionados à respiração ou apneias do sono
- Transtornos do sono-vigília do ritmo circadiano
- Narcolepsia
- Sonambulismo
- Terror noturno
- Sonilóquio
- Paralisia do sono
1. Transtorno de insônia
A insônia é um dos sintomas que mais aparece quando falamos de saúde mental, afetando a quantidade e a qualidade do sono. Aproximadamente metade dos quadros estão associados a doenças ou condições médicas, como obesidade e refluxo gastroesofágico, ou a transtornos psicopatológicos, como depressão e ansiedade. Alguns hábitos também se relacionam à insônia, como dormir muito durante o dia, comer demais à noite ou acordar em horários muito diferentes a cada dia.
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2. Transtorno de hipersonolência
Quem tem hipersonolência costuma sentir sono em excesso, mesmo quando dorme ao menos 7 horas por dia. A pessoa adormece rapidamente, há períodos recorrentes de cair no sono ao longo do dia e é muito difícil acordar pela manhã — demonstrando até desequilíbrio motor, lapsos de memória ou desorientação ao despertar.
3. Síndrome das pernas inquietas
A necessidade de movimentar as pernas, acompanhada por desconforto nos membros (e às vezes, em outras partes do corpo), caracteriza a síndrome das pernas inquietas. A sensação pode ser entre o tornozelo e o joelho, com formigamentos que pioram em períodos de inatividade ou repouso, especialmente no final da tarde ou durante à noite.
O diagnóstico envolve ao menos três ocorrências semanais por, no mínimo, três meses, e o envelhecimento e histórico familiar são considerados fatores de risco.
4. Transtornos do sono relacionados à respiração ou apneias do sono
Relacionada à respiração, a apneia é um transtorno do sono em que o indivíduo adormecido tem pausas curtas na respiração, de entre 10 e 50 segundos. Isso pode levar ao ronco, à queda na saturação de oxigênio no sangue e a períodos de breve despertar.
5. Transtornos do sono-vigília do ritmo circadiano
Nestes transtornos, o sono é frequentemente perturbado por alterações no sistema circadiano — ritmo adotado pelo organismo no desempenho de suas funções ao longo do dia. Assim, há um desalinhamento entre o ritmo biológico do indivíduo e aquele estabelecido pelo ambiente físico ou social, com a influência de fatores como luminosidade e horários de trabalho ou escola. São transtornos mais comuns entre adolescentes e podem resultar em insônia, além de sonolência excessiva durante o dia.
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6. Narcolepsia
A narcolepsia é descrita como episódios ou períodos em que há uma necessidade irresistível de adormecer, intensa e abrupta, durante o dia — ao menos três vezes por semana, por no mínimo três meses. Além disso, há ataques de cataplexia — crises de perda de tônus muscular enquanto o indivíduo está consciente que duram de segundos a perda de tônus muscular enquanto o indivíduo está consciente.
7. Sonambulismo
Sonâmbulos se levantam da cama durante o sono, com um olhar fixo e expressão vazia. Nos episódios, não há resposta às tentativas de comunicação alheias e pode haver comportamentos reflexos como andar, trocar de roupa e urinar. Mais comum na infância e na adolescência, especialmente entre os 4 e 8 anos de idade, e tende a desaparecer na vida adulta. No dia seguinte, há pouca ou nenhuma memória do ocorrido.
8. Terror noturno
No terror noturno, o indivíduo tem crises que duram entre 5 e 20 minutos, em que acorda gritando de uma fase de sono profundo, manifestando medo intenso e sintomas como taquicardia, respiração rápida e sudorese. Assim como no sonambulismo, é um dos distúrbios do sono em que há pouca ou nenhuma memória do ocorrido no dia seguinte.
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9. Sonilóquio
O sonilóquio é caracterizado pela produção de sons, palavras ou frases à noite — ou seja, falar dormindo, sem consciência ou lembrança de que isto ocorreu ou do que foi dito.
10. Paralisia do sono
A paralisia do sono acontece quando há um despertar ou adormecer incompleto, se manifestando com fraqueza muscular e incapacidade de se movimentar voluntariamente. O momento é caracterizado por angústia intensa e podem haver alucinações, geralmente visuais.
Referência: Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais – Paulo Dalgalarrondo – 3ª edição (2019)
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