Mais que lazer, uma paixão e estilo de vida pelos pedais

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Ilustração/Shutterstock

O pediatra José Carlos Schaefer, da Unimed Londrina, compartilha suas aventuras pelo mundo do alto do selim no ciclismo

Vento contra o rosto, contemplação da natureza e a sensação de que cada célula do corpo está em fina sintonia para a próxima pedalada. O ciclismo de montanha não é apenas uma atividade de lazer para o pediatra José Carlos Schaefer, a prática esportiva transformou sua vida e ajudou na construção do seu repertório cultural, além de proporcionar saúde, bem-estar e qualidade de vida.

Com 80 anos recém-completos, Schaefer é ciclista há mais de cinco décadas e começou com o incentivo de um amigo, logo após mudar para o Norte do Paraná. “Em 1968, formei-me na 1ª turma da Santa Casa de São Paulo e fiz residência em pediatria. Depois disso, fui convidado para trabalhar no Departamento de Pediatria que estava sendo fundado na Universidade Estatual de Londrina (UEL), que, na ocasião, era uma fundação. Gostei muito da cidade e acabei ficando. Pensando em aproveitar as coisas boas do interior, comecei a jogar tênis, caminhar, correr e, por insistência de um amigo, a bicicleta entrou nas atividades”, relembra o ciclista.

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Lago da Garda na Itália/Reprodução/Arquivo Pessoal

Começou no ciclismo urbano e, na década de 1990, quando chegou o mountain bike no Brasil, Schaefer mudou o estilo para percorrer trilhas no lugar do asfalto. Essas pedaladas o levaram até uma aventura com 19 ciclistas alemães na Europa. “Na minha primeira experiência de cicloturismo em outro país, saí de Munique, na Alemanha, e cheguei a Viena, na Áustria. Achei maravilhoso porque, além de uma atividade física, somei a atividade cultural e passei a conhecer as histórias das localidades visitadas”, compartilha Schaefer com alegria.

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Encantado com essa nova possibilidade, acumulou quilometragem em outras rotas internacionais na França, Suíça e Itália. A bicicleta se transformou em um estímulo para aprender outras línguas, pois Schaefer gosta de conhecer o interior dos países, e o domínio de outros idiomas o permite fazer e manter amizades nos trajetos. “Na minha vida, a bicicleta tem uma importância muito grande. É um esporte bom para a cabeça, para o corpo e, também, do ponto de vista social. Moldou muito a minha forma de ser e pensar, trazendo o contato com a natureza e diversas pessoas”, conta.

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Áustria/Reprodução/Arquivo Pessoal

Do lazer à profissão

Com atendimentos diários no consultório, o pediatra só está esperando a brecha na agenda para retomar seu plano de pedalar pelo interior da França, adiado pela pandemia. O país está entre os itinerários favoritos e já viajou 12 dias entre Paris e Mônaco, sendo o percurso mais longo realizado em cima do selim no exterior.

Essa paixão transbordou para a coleção de miniaturas de bicicleta que decoram seu consultório junto à influência que leva para os pequenos e as pequenas. “Incentivo muito os pais e as mães a comprarem para as crianças de dois anos a bicicleta sem pedal. Ela ajuda no equilíbrio e fortalece para, depois, nem precisar de rodinha quando evoluir para os modelos maiores”, orienta o profissional.

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