Médico alerta que não é hora de reduzir os cuidados contra o coronavírus

Cuidados contra o coronavírus
Créditos: Pixabay

Vitor Bueno Siqueira afirma que o álcool não substitui a água e o sabão e dá outras dicas de cuidados contra o coronavírus

O médico cardiologista Vitor Bueno Siqueira, da Unimed Apucarana, que está na linha de frente da pandemia em Ivaiporã, no Paraná, ressalta que os cuidados contra o coronavírus ainda é um assunto que precisa ser esclarecido e afirma que a pandemia ainda não deu trégua. 

De acordo com Siqueira, hoje, mesmo após mais de um ano da chegada da pandemia no país, o brasileiro ainda não compreendeu contra o que está lutando. “A COVID-19 é uma doença diferente das causadas pelos outros coronavírus. Enquanto o SARS-CoV e o MERS-CoV causaram doença fundamentalmente pulmonar, com poucos efeitos fora do sistema respiratório, o SARS-CoV-2 causa uma doença que sim, é predominantemente pulmonar, mas também é capaz de afetar todos os outros sistemas do corpo. Assim, além do quadro de insuficiência respiratória aguda por pneumonia viral, o SARS-CoV-2 pode causar miocardite, encefalite, nefrite e distúrbios de coagulação variados, provocando doença vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio, trombose e tromboembolismo pulmonar e trombose periférica”, pontua.

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Por isso, o médico destaca a importância de manter o uso da máscara, assim como o distanciamento físico, e diz também que não se deve utilizar a mesma máscara por mais de três horas. “As máscaras de tecido devem ser armazenadas em um compartimento fechado que deverá ser aberto apenas para retirá-la para lavar (e claro que o compartimento também deve ser higienizado). As máscaras habitualmente de uso hospitalar são descartáveis e não devem ser reutilizadas”, pondera.

Mesmo com o uso frequente do álcool, Siqueira reforça que o álcool em gel não é um substituto da lavagem das mãos com sabão e água corrente, pois ele cria uma película de proteção sobre a pele, mas não retira as partículas de sujeira ou gordura – protege, mas não limpa. “As medidas de prevenção são complementares e não substitutivas. E mesmo respeitando todas as medidas, a eficácia ainda não é 100%. Ser vacinado não é permissão para desrespeitar as normas de convívio social, como o uso de máscaras e o distanciamento físico”, alerta.

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Segundo o especialista, o tratamento específico só é indicado para pacientes com critérios para internamento hospitalar. Em casos leves, a recomendação é usar medicamentos para alívio de sintomas e isolamento. Siqueira frisa ainda que medicações como hidroxicloroquina, azitromicina, Ivermectina, entre outras, foram exaustivamente testadas e não demonstraram benefício na evolução da doença. “O autoisolamento de pessoas suspeitas ou confirmadas é um dever cívico. O mesmo vale para o uso de máscara e distanciamento físico”, declara.

“Acredito que todos já passaram por um momento na vida quando foi preciso paciência e trabalho duro para conquistar um objetivo a longo prazo. Esse é o segredo para vencermos a pandemia. Sacrifícios são necessários para todos, sem exceção”, conclui o cardiologista.

Fonte: Assessoria de Imprensa – Unimed Apucarana

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