Dedicado e persistente, o ortopedista Sérgio Leopolski faz da prática do triatlo um estilo de vida
Já imaginou nadar no mar por 3,8 quilômetros, correr mais 42 quilômetros e pedalar outros 180 quilômetros? Agora vem a parte mais impressionante: fazer isso tudo no mesmo dia. Pois essa era a meta do médico ortopedista Sérgio Leopolski, disputar o Ironman, a maior prova de triatlo de longa distância do mundo e que tem etapa no Brasil.
“Meu maior sonho era participar do Ironman, que eu consegui em 2022. Agora em 2023, estou inscrito novamente para participação em Florianópolis”, comemora.
Há cinco anos, o médico-cooperado da Unimed Norte Pioneiro se dedica ao triatlo, esporte que consiste na prática de três atividades físicas, ou seja, o praticante nada, pedala e corre. O hobby, inspirado pelas filhas, mudou completamente a vida de Leopolski.
“A partir do momento que você começa a se dedicar a um esporte, em específico ao triatlo, ele demanda, em primeiro lugar, tempo… treino. E isso gera uma reação em cascata porque eu me preocupo em dormir melhor, em comer melhor e em cuidar mais do meu próprio corpo. Isso gera, de maneira indireta, uma reação em cadeia que vai fazendo com que todos os hábitos correlacionados com a minha vida, minha saúde, ao meu corpo, sejam melhorados, aprimorados, para buscar a melhora de performance, a melhora dos treinos”, garante.
Dedicação
Mesmo tendo o esporte como uma presença constante em sua vida, Leopolski conta que no início, o triatlo não foi uma atividade fácil, exigiu dedicação.
“Os esportes fazem parte da minha vida, é uma coisa que eu gosto bastante, então progressivamente eu fui mudando e, de certa forma, até sem planejamento. Foi acontecendo aos poucos. No caso do triatlo, eu não sabia nadar direito, nunca fui um bom nadador. E minha maior dificuldade foi melhorar a natação”, relata.
Nada que treinos intensos não tenham ajudado a aperfeiçoar a técnica. Isso mesmo, o médico treina várias horas por semana. Ele conta que, de maneira geral, os treinos são realizados todos os dias de manhã bem cedo, por volta das 5 horas da manhã. E que essa rotina é necessária para que ele consiga treinar e ainda chegar ao trabalho até às 7h30.
“O que eu faço é treinar muito cedo para conseguir treinar o que é necessário”, ressalta.
Já nos fins de semana, quando com um pouco mais de tempo livre, o ortopedista se dedica a treinos mais longos ainda. E quando as competições são mais exigentes, como é o caso do Ironman, os treinos ganham intensidade, chegando a 18 horas semanais. Leopolski menciona que são ciclos pesados, que nos fins de semana contemplam entre 3 e 6 horas de pedais, e corridas de até 2h30 de duração.
“Depois do Ironman, meu sonho é melhorar os meus tempos, é buscar uma melhora da minha performance e continuar tendo saúde para poder fazer isso o resto da minha vida”, afirma.
Multibenefícios
O médico destaca que para os profissionais de saúde, o esporte funciona como uma válvula de escape, uma verdadeira terapia, que no caso dele, evita até o uso de medicamentos para cuidar da saúde mental.
Para Leopolski, a atividade física acaba sendo uma injeção de endorfina, de energia positiva, de satisfação pessoal e de orgulho pessoal constante, o tempo todo, por meio da consistência, de mostrar que é possível atingir objetivos através de muito treino.
“O esporte é isso, ele mostra que você precisa se dedicar para chegar até certo ponto e que se você não se dedicar, você não vai conseguir. Serve como um exemplo para a família, para os filhos, para os pacientes. Eu acho que é muito mais fácil hoje em dia eu falar sobre a prática esportiva para os meus pacientes, até porque eu dou o exemplo para eles do quanto o esporte é importante”, diz.
Companheirismo
Além de saúde e bem-estar, o triatlo também traz outro resultado muito precioso: as amizades. O ortopedista diz que, para ele, o esporte é um agregador de amizades saudáveis. Hoje ele tem amigos que o acompanham na natação, outros no ciclismo e ainda há aqueles companheiros de corrida. Pessoas que ele jamais conheceria, não fosse pela atividade esportiva.
“Obviamente que o triatlo é um esporte que se pratica sozinho, mas a gente treina e acaba fazendo amizades em provas porque as figurinhas são repetidas. Você acaba vendo as mesmas pessoas e acaba tendo um vínculo com essas pessoas. A gente acaba treinando junto, sofrendo junto, dedicando-se junto, enfrentando as mesmas restrições juntos, e isso acaba trazendo uma característica de proximidade. O que aproxima muito as pessoas. Eu fiz muitas novas amizades por causa do triatlo”, assegura.
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