Novo espaço da Clínica de Terapias Especiais da Unimed Apucarana traz cuidado de excelência

Diretor-presidente da Singular, Ribamar Leonildo Maroneze, na Clínica de Terapias Especiais da Unimed Apucarana.
Diretor-presidente da Singular, Ribamar Leonildo Maroneze, na Clínica de Terapias Especiais da Unimed Apucarana. (Foto: Divulgação/Unimed Apucarana)

Confira entrevista completa com diretor-presidente da Singular, Ribamar Leonildo Maroneze

A Unimed Apucarana inaugurou um novo espaço da Clínica de Terapias Especiais em março de 2023, após dois anos de intensa dedicação da Singular. A iniciativa tomou corpo sob a gestão de Ribamar Leonildo Maroneze, médico especialista em ginecologia, obstetrícia e mastologia e professor na Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Maroneze pontua que a clínica preza pela excelência do atendimento, enquanto também entrega um melhor custo-benefício à cooperativa, com custo médio da terapia por beneficiário um terço menor do que o praticado na rede credenciada. Em entrevista, o diretor-presidente trouxe os desafios e conquistas da iniciativa, falou sobre os impactos do empreendimento na comunidade e refletiu sobre os obstáculos vivenciados pela saúde suplementar.

Confira abaixo a entrevista completa.

A Clínica de Terapias Especiais surgiu com qual objetivo?

Eu participava do Conselho de Administração da Unimed e, ainda em 2020, nós percebemos um crescimento vertiginoso do custo das Terapias Especiais, algo que acredito ter sido vivido por todas as Unimeds. Sabemos que os custos fazem parte do cenário da saúde suplementar e, claro, têm seus reajustes normais, mas percebemos um crescimento realmente exponencial. Então, em 2021, quando eu já não fazia mais parte do Conselho de Administração, mas já era presidente da Unimed Apucarana, vi que essa era uma pauta urgente. Assim, discutimos o tema dentro da cooperativa e decidimos nomear uma equipe para trabalhar com esse caso de maneira mais intensiva, dentro de um assunto tão complexo como as Terapias Especiais.

Além da complexidade que envolve o tratamento em si, o tema também está muito presente na discussão dentro das mídias sociais, inclusive pautando novas leis no Congresso Nacional, o que trouxe um desafio administrativo ainda maior para nós. Destaco que o trabalho teve início em 2021 e, após dois anos de trabalho intensivo, inauguramos efetivamente nosso espaço em 2023.

Na Clínica de Terapias Especiais está presente uma série de profissionais, como psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicopedagogos, psicomotricistas, musicoterapeutas, fisioterapeutas e outros. Também contamos com a supervisão habilmente treinada para esse papel tão complexo e importante para a sociedade.

Na sua avaliação, que benefícios uma clínica com esse foco traz para a comunidade em que a Unimed Apucarana está inserida?

Quando falamos da Clínica de Terapias Especiais, estamos falando sobre verticalização e, esse tema, para muitas pessoas, remete exclusivamente aos hospitais. Assim, é importante destacar que a verticalização não envolve somente ambientes hospitalares, mas também vários outros serviços que precisam desse olhar mais apurado da cooperativa em relação aos Serviços Próprios. Isso faz com que a identidade da Unimed seja colocada realmente dentro de cada serviço e, quando isso é feito, nós entramos no nosso Jeito de Cuidar, que é uma bandeira da marca. Acredito que esse seja o primeiro benefício falando de uma clínica própria voltada ao tema: ter a chancela e a marca da Unimed em cada processo da jornada do paciente.

Falando sobre a comunidade em si, como citei, as Terapias Especiais, que envolvem, por exemplo, o Transtorno do Espectro Autista (TEA), são um tema muito presente na nossa sociedade e que impactam diretamente o setor da saúde. Não só a privada, mas principalmente a pública. Dentro da nossa clínica, nós não prestamos apenas o serviço para os beneficiários, mas também somos responsáveis por informar, cada vez mais, a sociedade sobre o tema. Dessa maneira, constantemente trazemos orientações sobre o assunto, impactando famílias que, hoje, não têm acesso à saúde suplementar.

Além disso, a Unimed Apucarana é uma empresa amiga da Apae, subsidiando consultas médias para alunos de 27 Apaes que pertencem às cidades em que a nossa cooperativa atua. Esse é um dos nossos trabalhos voltados à responsabilidade social que, inclusive, nos faz aprender diariamente. Nós ajudamos a comunidade, mas ela nos ajuda ainda mais com diferentes ensinamentos.

Quais foram os resultados que o senhor já notou nesses meses após a inauguração?

Quando pensamos na clínica lá atrás, em 2021, nós pensamos em ocupar o espaço físico que tínhamos à disposição, levando em conta a nossa sustentabilidade financeira. Na época, foi planejado um ambiente para atender a 80 beneficiários, que era justamente o que nós tínhamos dentro da cooperativa necessitando desse serviço. Hoje, no entanto, já temos mais de 200 crianças que precisam das Terapias Especiais, sendo que 95 estão sendo atendidas na clínica. São praticamente duas mil horas de terapia por mês, com capacidade total atingida em seis meses e um índice de satisfação muito grande. Um exemplo da satisfação é que muitos pacientes que estão na rede credenciada querem, hoje, migrar para o nosso Serviço Próprio.

Além disso, dentro da nossa Clínica, o custo médio da terapia por beneficiário é um terço menor do que o praticado na rede credenciada, o que entrega um melhor custo-benefício para a cooperativa. Isso, claro, sempre prezando pela excelência no atendimento, que é traduzida nas avaliações positivas que temos recebido.

Há a intenção de ampliar o atendimento na Clínica?

A intenção existe, mas é necessário, antes de tudo, avaliar diferentes pontos de mercado e sustentabilidade antes de partir para uma aventura. É importante destacar que, em relação às Terapias Especiais, uma coisa que temos notado é a falta de profissionais capacitados para atender à demanda crescente. Há uma prescrição enorme de horas e horas de tratamento, muitas vezes sem a análise necessária, e faltam profissionais realmente preparados para realizar esse atendimento.

Em relação aos Serviços Próprios, além dessa clínica, nós temos, também, as terapias convencionais, como psicologia e fisioterapia. Mas não existe receita mágica. São desafios e estamos aqui para assumi-los e encontrar as melhores soluções.

Para o senhor, qual é o papel que a cooperativa tem em relação ao local em que ela está inserida?

Um dos princípios do cooperativismo é essa interação da Unimed com a comunidade. Na questão econômica, por exemplo, toda a riqueza produzida dentro da Unimed fica na região em que ela está inserida, diferente de outras operadoras de saúde que, muitas vezes, têm capital externo, por exemplo. Conosco, tudo o que produzimos é investido na própria comunidade, impactando clientes e não clientes. Também somos responsáveis por ser um canal de informação de qualidade e credibilidade sobre saúde, além de projetos de responsabilidade social como o que citei sobre a parceria com as Apaes.

Quais os principais desafios vividos hoje dentro da saúde suplementar?

Não temos como falar sobre desafios sem citar o cenário vivido atualmente que, de certa maneira, traz medo para toda a saúde suplementar. Há um aumento expressivo nos custos assistenciais, que têm fragilizado todo o setor e levado a custos operacionais negativos. Essa situação acontece por alguns motivos, como a inflação médica pós-pandemia, o alto custo de tratamentos que envolvem medicamentos oncológicos e imunobiológicos, entre outros.

Com essas e outras questões identificadas, a pergunta agora é: como trabalhar dentro desse cenário? Uma coisa que eu tenho falado muito ultimamente é sobre a necessidade de participarmos com mais proximidade do sistema político nacional. Discutir política é algo necessário, pois a fragilidade que tem acontecido dentro da saúde suplementar, hoje, muitas vezes, surge a partir de leis ou atitudes políticas mal dimensionadas ou analisadas. Por isso, precisamos acompanhar de perto o que é decidido, levando também nossas contribuições para que possamos construir um sistema e uma sociedade mais justa para todos.

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