O líder que somos e aquele que pensamos ser

O líder que somos e aquele que pensamos ser

O QUE É LIDERANÇA? QUAL O SEU OBJETIVO? Vários autores destacam que é simplesmente o ato de comandar, orientar, incentivar pessoas, com o objetivo de atingir uma meta em comum. Conquistar um propósito. Justamente, por isso, as teorias sobre liderança avançam em um mundo no qual os cenários mudam rapidamente e as gerações mais novas já não respondem às lideranças do mesmo modo que as anteriores.
Existem vários tipos de líderes, os mais clássicos são: o autocrático, o liberal e o democrático. A principal característica do líder autocrático é que ele é do-minador, parece agir de forma “pessoal” nos elogios e nas críticas. Ele está sempre no controle, determina as tarefas, mas tem dificuldade de delegar. O liberal é pouco participativo e tem estilo laissez-faire, tudo é decidido pelo grupo. Já o democrático é diferente. Ele permite que o grupo debata, mas não abre mão de orientar e assistir. Esse líder age como um membro normal do grupo e atua de modo “objetivo”, limitando-se aos “fatos”, em suas críticas e elogios.
Um tipo de liderança defendida atualmente é a situacional, cuja teoria é do autor Ken Blanchard. Esse autor defende que os líderes são capazes de re-conhecer a maturidade e a motivação do liderado e adaptar o seu comportamento à capacidade de cada um. Outro, é o líder coach, cujo foco é desenvolver o potencial de seus liderados, identificando competências, estimulando a autoconfiança e a visão de futuro.
Há, ainda, o líder servidor ou motivador. Uma de suas prioridades é deixar as pessoas felizes no trabalho, por isso sua preocupação com o relaciona-mento é bem intensa. Em contraponto, há também o líder técnico. O referencial, aqui, como o nome já diz é sua capacidade técnica e um elevado conhecimento sobre o que o seu time faz. Por último, temos o líder carismático que tem um grande apelo emocional. Ele carrega uma capacidade de convenci-mento e de atração ímpar. Não se deve confundi-lo com aqueles que fazem o tipo “paizão” ou “mãe-zona”. Esses, na verdade, têm dificuldade de liderar, de tomar decisões, dizer não e até dispensar, se for necessário. O que acaba por prejudicar as pessoas e à própria gestão.
É lógico que a maioria desses e de outros tipos de liderança têm pontos positivos e negativos. É preciso observar, reforçando os pontos fortes e ate-nuando os fracos. As teorias comportamentais, em especial os estudos sobre liderança, abordam, de forma bem didática, esses estilos e outros, com suas vantagens e desvantagens.
É importante saber que tipo de líder somos e qual pensamos ser. O fato é que queremos ser o líder que funciona. O líder que faz acontecer. Para isso, é necessário fazermos uma reflexão constante e lembrarmos que nem sempre somos um tipo puro. Geralmente somos um pouco de cada um. Por isso, a importância em olharmos, de fato, para os resultados que estamos obtendo. Isso nos ajudará a fazermos uma análise crítica e aprimorarmos essa liderança. A tendência em sermos condescendentes com a gente mesmo é muito grande. No entanto, é fundamental termos a consciência de que os resultados que obtivermos, tanto no que diz respeito aos processos quanto aos relacionamentos profissionais, estão diretamente ligados à honestidade e à consciência com a qual exercemos essa liderança.
A cultura de uma empresa, muitas vezes, ajuda-rá a nos definir ou readequar. Em uma cooperativa, por exemplo, não há como uma liderança não ser obrigatoriamente servidora, motivadora, democrática, coach e, se possível, carismática. E sempre será preciso aparar as arestas que uma organização democrática, assim, exige, para que não deixe de ser funcional. Esse é o grande desafio de qualquer líder em uma gestão cooperativa. 

Fontes: http://www.metodoagil.com/tipos-de-lideranca/ 

Luís Francisco Costa
diretor Administrativo e Financeiro da Unimed PR

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