Quando falamos em reserva financeira, nos remetemos à um dilema como na fábula da Cigarra e a Formiga. A pergunta que sempre vem à tona é sobre o que devemos fazer: trabalhar muito para viver tranquilo no futuro ou aproveitar o hoje sem nos preocuparmos com o amanhã? O brasileiro tem entendido cada dia mais a importância de viver o hoje, porém, não podemos esquecer de fazer uma reserva para o amanhã.
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É fundamental ter uma reserva de emergência, mas o valor não é o mesmo para todas as pessoas. São diversas variáveis que necessitam ser entendidas para que você possa identificar o valor ideal para sua reserva, tais como: o valor total de seus gastos mensais, sua renda mensal e se essa renda é fixa ou variável. Vale ressaltar que se a sua renda é variável, a reserva de emergência é ainda mais importante.
Para ter noção dos seus gastos mensais, é necessário tomar nota de suas despesas as quais você considera essenciais, como por exemplo:
• Despesas da casa (Água, Luz, Aluguel, Internet, Telefone);
• Despesas com alimentação;
• Despesas com Saúde e Educação;
• Despesas financeiras (Parcelas de empréstimos);
• Despesas de lazer (porque ninguém é de ferro!).
Ah, vale lembrar que a sua planilha de gastos – sim, aquela que você deve estar preenchendo nestes últimos dois meses que temos nos falado – pode ajudar, e muito, nesse levantamento! Agora que você já sabe o valor mensal das suas despesas essenciais, faça a conta de 3 a 12 vezes este valor. O valor final será a sua meta a ser alcançada! Tenha em mente que 6 vezes o valor que você precisará já é considerado uma boa reserva de emergência, uma vez que 6 meses é um tempo razoável para se recolocar no mercado de trabalho.
Mas calma, não se assuste! Você pode pensar que é muito dinheiro, porém o próximo passo é traçar a estratégia de investir mensalmente para alcançar essa meta aos poucos. Agora é hora de analisar a sua renda para determinar qual será o valor mensal que poderá ser direcionado para a reserva. É importante colocar esse valor junto com suas despesas fixas, para que guardar esse dinheiro se torne um hábito. Caso você seja registrado e venha a perder seu emprego, lembre-se que terá direito ao seguro-desemprego e acesso ao FGTS e, se desejar, esses valores podem ser considerados para compor a reserva de emergência.
Agora que você poupou esse dinheiro, vamos investi-lo? Busque um investimento com foco em liquidez e segurança, pois você não pode arriscar não ter este recurso disponível quando precisar. Uma outra dica é reavaliar esse fundo ao menos uma vez ao ano para não correr risco ou ter problemas no futuro.
Lembre-se sempre, realizar seus sonhos ou ter mais segurança só depende de você!
Fonte: Uniprime