A saúde é TEC

(Foto: Ilustração)

Robôs que parecem humanos, carros voadores, holografias… os filmes de ficção científica nos deram muito o que imaginar sobre como seria um futuro tecnológico. Entretanto, ele é muito menos mirabolante e já chegou. Na maior parte do tempo, essa tecnologia está na palma da nossa mão. Uma das definições de tecnologia é que elas são as soluções e ferramentas criadas pelo ser humano para solucionar problemas e tornar processos mais eficientes. Na saúde, isso se materializa em teleconsultas, banco de dados de pacientes, intervenções mais precisas e outros. Depois da pandemia, a necessidade por alguns desses serviços aumentou e a Unimed Paraná se prontificou a atender essa demanda. Por trás disso, há a equipe deTI pensando soluções para um sistema de saúde mais moderno, tecnológico e seguro.

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Segundo o médico Omar Genha Taha, diretor de Inovação e Desenvolvimento, a Unimed Paraná hoje tem soluções exclusivas, desenvolvidas na Federação, como um sistema de gestão de operadoras, o Nótus, que já vem sendo utilizado por oito das 22 Singulares do estado, e um sistema próprio de CRM (relacionamento com o cliente), adotado pela maioria das Singulares do Paraná. Há também os apps (aplicativos) que são desenvolvidos internamente e disponibilizados para todas as unidades do país. Hoje, 70% dos que estão em uso nas unidades da Unimed no Brasil são produzidos na Federação do Paraná. Um exemplo dessas soluções é o aplicativo para os médicos-cooperados, o qual contém informações como dados sobre a saúde financeira da cooperativa, eventos internos, especializações, eleições internas, acesso aos dados do paciente, resultados de exames, etc.

“Isso gera uma economia de recursos. Afinal, em vez de ficar repetindo exame e consulta em um espaço curto de tempo, o profissional de saúde consegue acessar aqueles dados já disponíveis no sistema. Além disso, temos o RES (Registro Eletrônico de Saúde), que combina todos os dados laboratoriais de análises clínicas e de imagem possibilitando uma transferência dessas informações tanto das Singulares para a Unimed do Brasil como para o próprio usuário. Nossas soluções facilitam muito a vida dos nossos clientes”. Tais clientes, segundo Taha, envolvem não só o médico cooperado, mas também o colaborador interno, o prestador de serviço e o próprio paciente que, além das teleconsultas, já consegue fazer agendamentos de forma digital e customizar a experiência dentro dos apps.

Tudo isso foi acelerado pela pandemia de Covid-19, um divisor de águas no universo da TI, que passou a ser essencial para que as pessoas se comunicassem, se informassem, estudassem, trabalhassem e, claro, cuidassem da saúde. O que antes era incomum virou rotina, como as teleconsultas médicas. Se para algumas empresas e pessoas foi um desafio se adaptar às novas demandas tecnológicas, para a Unimed não foi. Ela já se encontrava preparada: “Já tínhamos uma boa estrutura antes da pandemia, com reuniões on-line por meio do Zoom, por exemplo. Mas é óbvio que a pandemia acelerou tudo isso, principalmente na área de TI e saúde. Há um antes e depois da pandemia, com um salto qualitativo de inovação na TI”, explica.

E o que é importante ao pensar nesses produtos? Primeiramente a interoperabilidade, ou seja, aquilo que faz com que um sistema se integre bem com o outro, como entre as operadoras, entre bancos de dados e CRM, etc. Afinal, a Unimed é uma cooperativa e as características únicas desse tipo de organização precisam ser levadas em conta ao desenvolver um produto: “Nosso trabalho envolve um planejamento estratégico, acompanhamento e monitoramento das Singulares do Paraná”, acrescenta. Outro componente essencial é a segurança digital, uma vez que os sistemas estão cada vez mais suscetíveis aos roubos de dados.

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Para isso, a Unimed Paraná replica os dados e consegue repor caso sejam perdidos. Portanto, para que tudo isso se transforme em tecnologias para uma organização de saúde, é necessário estratégia, conhecimento e inovação, como explica o coordenador de Relacionamento e Garantia da Qualidade Márcio Brisse. “Todo sistema de TI tem como alavanca o meio que o permeia, sendo base e suporte para qualquer área que necessite agilizar seus processos. E é sempre um desafio estar à frente do seu tempo para promover soluções rápidas e infalíveis. O simples, aqui nesse mundo digital, é o ponto mais valioso na minha visão. Isso não significa que não seja complexo e que exija tempo para construir. Por isso, a experiência do usuário, como chamamos, traduz o quão atento o profissional de TI tem de estar frente ao mercado e seus concorrentes”. O futuro bate à porta e é preciso abri-la.

Para garantir a integração, a equipe de TI da Federação do Paraná tem feito visitas às Singulares que usam o sistema de gestão desenvolvido na central. O objetivo é estreitar os laços, entender as situações do dia a dia e identificar os procedimentos operacionais nos quais a equipe atua ou poderia atuar. Para o coordenador de Relacionamento e Garantia da Qualidade Márcio Brisse, as visitas são essenciais para aperfeiçoar o desenvolvimento de cada solução: “A TI como ferramenta de apoio, tem auxiliado na sustentação de soluções na área de saúde, trazendo agilidade, segurança, consistindo dados extremamente sensíveis na tomada de decisão no bem-estar de seus beneficiários. Cada Unimed tem o papel fundamental para agregar valor num sistema de gestão robusto e consistente em sua estrutura operacional, visando constantemente a melhoria do Sistema Unimed como um todo”, explica.

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