Além de valorizar as pessoas, iniciativa contribui para a gestão do clima organizacional
Era para ser um dia comum de trabalho. Mas a movimentação pela manhã já indicava que aquela quarta-feira seria no mínimo diferente. A confirmação veio depois do almoço, quando caixas misteriosas surgiram sobre a mesa dos colaboradores com o seguinte recado: “Temos uma surpresa para você, mas seja educado e só abra a caixa no momento da reunião. Até lá, Ketlin e Tânia”.
Ketlin Alexssandra Nazário e Tânia da Silva Vieira Barbosa são as responsáveis pelos programas Cuidado Completo e Saúde em Casa, da área de Gestão da Atenção da Saúde. Elas organizaram a surpresa com a anuência do coordenador Arnaldo Alves de Souza. Ele sabia da iniciativa, mas não exatamente do que se tratava.
Leia também: Pré-natal no Centro APS é realizado por equipe multiprofissional
Até dar o horário da reunião, às 15h, a curiosidade foi grande. Muitos queriam sacudir a caixa para tentar adivinhar o que havia dentro, mas não podia. Na reunião, os resultados do ano foram apresentados e logo em seguida cada colaborador pôde abrir o seu embrulho. Nesse momento, a comoção tomou conta do local.
“Em cada canto tinha alguém chorando”, relembra a analista Hélvia Perpétuo da Rocha Pinto. Ela foi um dos 21 colaboradores que, ao abrir a caixa, encontrou uma cartinha escrita por um familiar, uma foto de família e várias guloseimas. “Minha mãe fez uma carta descrevendo vários momentos desde que eu nasci, desde que ela me segurou no colo pela primeira vez e me viu abrir os olhos. Ela também agradeceu por eu ser filha dela. Foi lindo, mexeu muito com a minha essência”, conta Hélvia, que também ganhou um bilhetinho do namorado e um presente da mãe.
Os outros colaboradores receberam mensagens principalmente do cônjuge, filhos, mãe e sobrinha. Tânia, apesar de ser uma das organizadoras, também foi surpreendida. “A Ketlin fez uma surpresa pra mim e eu fiz pra ela”, conta a analista, que avalia os benefícios da iniciativa. “Trazer para dentro da Unimed um pouco do que é especial na vida de cada um é uma forma de valorizar as pessoas, de fazer com que elas se sintam parte da equipe, afirma.
Para a colaboradora da área de Gestão de Pessoas, Soraya Galvão, “a ação é uma excelente demonstração de reconhecimento pelo trabalho de equipe e uma atitude que contribui muito para a gestão do clima organizacional, pois equilibra as exigências dos resultados dos processos com o alcance do nosso propósito”.
A logística por trás da surpresa
A ideia de surpreender os colaboradores com mensagens afetivas de entes queridos surgiu quando Tânia estava fazendo um curso de inovação. “Entrei em um grupo com uma colaboradora da Unimed Maringá, ela contou que recebeu uma foto dos filhos no Dia das Mães e que isso a marcou muito. Daí surgiu da ideia de fazer aqui também. Conversei com a Ketlin e ela aceitou”, conta.
Leia também: Pesquisa analisa modificações genéticas do novo coronavírus
As duas analistas começaram então a levantar o contato dos familiares dos colaboradores para pedir uma foto e uma cartinha, escrita preferencialmente a mão. Tudo foi feito às escondidas via telefone, Facebook e WhatsApp e com a ajuda de outros colegas. “Os familiares foram grandes parceiros. Todo mundo aceitou de primeira”, conta Tânia.
Mesmo com esse apoio, a tarefa de receber o material não fácil. Afinal, ninguém podia desconfiar de nada. Resultado: teve carta entregue por esposa a funcionário de outro setor, carta buscada em casa enquanto o colaborador estava fora e carta entregue na recepção. Apesar do local não receber encomendas, a causa valia a pena. “As meninas da recepção foram muito parceiras. Elas recebiam as cartinhas e entregavam na minha mão. Se eu não fosse receber, elas não falavam com mais ninguém”, conta Tânia. “Elas conseguiram enganar a gente direitinho. Foi bem legal”, afirma Hélvia.