Acompanhe o segundo episódio da série “O que é ser médico hoje?”. O convidado é o pediatra Jackson Prochmann
A Revista Ampla iniciou, no dia 18 de outubro, uma série sobre O que é ser médico hoje. Com um episódio por mês, a série vai ouvir médicos durante um ano, e o material será aproveitado para um documentário sobre o mesmo tema.
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A ideia é discutir os caminhos, as transformações e o que é perene nessa profissão tão impactante para todos nós, uma vez que carrega em si um objetivo ímpar, o cuidado com a vida, a começar pelo compromisso assumido pelo médico ao término de sua formação acadêmica – o famoso juramento de Hipócrates.
Neste segundo episódio, o entrevistado é o pediatra Jackson Prochmann. Confira a matéria e o vídeo!
Ser médico: uma autorrealização repleta de transformações
“Quando eu pego uma criança que acabou de vir ao mundo e faço a puericultura, eu acho maravilhoso.” Ainda hoje, após 43 anos de formado, o pediatra Jackson Prochmann tem a mesma sensação. Ele já perdeu a conta de quantas crianças atendeu ao longo da carreira. “Aquele momento ali é muito especial, vai definir o futuro da criança. Eu me orgulho de poder ajudar a mãe, orientar sobre a amamentação e demais cuidados com o bebê”, destaca.
Prochmann remonta à própria infância para lembrar do sonho de fazer medicina. Ser médico, para ele, é um privilégio. “É uma autorrealização, uma busca contínua por informações, aprendizado. Eu me vejo ainda muito pequeno, criança de tudo, e com esse sonho: ajudar as pessoas”.
Nessas quatro décadas de exercício profissional, o pediatra destaca que foram muitas as mudanças. Os avanços tecnológicos aprimoraram os diagnósticos e a prescrição de tratamento. Tudo colaborou para atender cada vez mais os pacientes. Para ele, entretanto, a essência do trabalho médico se mantém. “O diálogo é fundamental para nós. A gente saber ouvir, escutar, perceber, examinar. Pode haver qualquer mudança. Isso sempre vai permanecer”, analisa.
Prochmann reconhece que a telemedicina veio para ficar. “Imagine um colega lá no interior da Amazônia. Com o 5G, ele poderá contar com o apoio de colegas de outros centros para fechar um diagnóstico”, explica. “Para isso, a telemedicina é excelente. Agora, a anamnese, o exame físico, o contato direto com o paciente, isso não”, completa.
Sem posar como autoridade, o pediatra ousa indicar a escuta calma e tranquila a quem está iniciando na profissão. “Quando alguém está doente, a família inteira sofre. Quando é uma criança, isso fica ainda maior”, pondera. A sensibilidade, segundo ele, faz toda a diferença. “O médico precisa ter os sentidos aguçados para identificar a causa do sofrimento. Quem é aquele ser que está sofrendo? Ajudar o paciente e também a família, sempre e sem ressalvas”, complementa.
Um dos pediatras mais longevos de Curitiba, Jackson Prochmann não se envaidece com o sucesso. Tudo é questão de fazer um trabalho bem feito. “Eu estudei pra ser médico. Eu me aprimoro todos os dias. Sucesso, para mim, é poder aplicar tudo isso em benefício do meu paciente. O objetivo é sempre fazê-lo sentir-se melhor”.
Com indisfarçável realização e orgulho, Prochmann brinca: “se a gente soubesse as adversidades, os tombos que a gente tomaria, talvez não saíssemos para caminhar”. Ele é enfático em reconhecer o quanto o exercício da medicina lhe trouxe as maiores alegrias. “Digamos que alguém, assim, de brincadeira, fosse fazer um filme da minha vida. Eu entraria nele, com certeza. E faria absolutamente tudo outra vez”, alegra-se.
Confira todos os episódios: