“O que é ser médico hoje?” Confira o quinto episódio

Ser médico
(Foto: Reprodução)

Acompanhe o quinto episódio da série “O que é ser médico hoje?”. A convidada é ultrassonografista Cátia Sperka Furlan

A Revista Ampla iniciou, no dia 18 de outubro, uma série sobre O que é ser médico hoje. Com um episódio por mês, a série vai ouvir médicos durante um ano, e o material será aproveitado para um documentário sobre o mesmo tema.

Clique aqui e confira o quarto episódio da série

A ideia é discutir os caminhos, as transformações e o que é perene nessa profissão tão impactante para todos nós, uma vez que carrega em si um objetivo ímpar, o cuidado com a vida, a começar pelo compromisso assumido pelo médico ao término de sua formação acadêmica – o famoso juramento de Hipócrates.

Neste quinto episódio, a entrevistada é a ultrassonografista Cátia Sperka Furlan. Confira a matéria e o vídeo!

Fazer o bem só faz bem

Conciliar as atividades de médica, esposa, mãe, mulher e empreendedora são dalguns dos grandes desafios da ultrassonografista Cátia Sperka Furlan. Formada pela Universidade Federal do Paraná, há 28 anos, ela vem se realizando pessoal e profissionalmente.

A escolha da medicina nunca gerou dúvidas. “Quando brincávamos com as bonecas, eu gostava de examiná-las, usava um palito de fósforopara medir a temperatura. Quando me inscrevi no vestibular, a certeza era absoluta”, relembra.

Cátia frisa que fazer o bem só faz bem. Logo após se formar, escolheu a ginecologia e obstetrícia como residência. Antes mesmo de terminar, surgiu a oportunidade pela ultrassonografia e radiologia e ela decidiu, então se especializar.

Ela explica que, muitas vezes, ao entregar o resultado de um exame em que aparece doenças graves, o paciente costuma transferir ao médico um pouco da raiva pelo diagnóstico. “Ainda bem que não é regra geral. Uma paciente, ao receber as informações de que teria câncer de mama, me agradeceu pelo acolhimento. Era perto da Páscoa. Ela se curou e, até hoje, todo ano me traz chocolates”, emociona-se. “Isso é algo que não tem preço, é a grande recompensa para nós da medicina”.

Quando iniciou a carreira, tudo era analógico. A médica destaca como os avanços tecnológicos colaboraram decisivamente para aprimorar os exames e diagnósticos. “Hoje existem muitos recursos disponíveis. Isso facilita muito o nosso trabalho pois é possível indicar condutas mais direcionadas e assertivas”, pondera. “Esta era digital é fenomenal. Quem não se adaptar, perderá muito no exercício da profissão”, completa.

Para ela, a telemedicina é uma quebra de fronteiras. Possibilita a troca de informações entre profissionais do mundo inteiro. “Tudo isso sem perder o foco principal que é atender o paciente da melhor e mais completa maneira. Imagino que muito em breve, com uma gota de sangue no próprio celular, o paciente terá algumas respostas importantes”, prevê.

Entretanto, Cátia ressalva essas facilidades como complementares ao trabalho médico. “Nada vai substituir o contato, o acolhimento e, principalmente, o diagnóstico que veja o paciente por inteiro. Não apenas com o problema específico que ele apresenta”, analisa.

A chegada dos grandes grupos de saúde ao Brasil, segundo Cátia, pode tirar a autonomia dos médicos, profissionais liberais, na grande maioria dos casos. “Eles podem estabelecer algumas regras que nem sempre serão as ideais para o paciente”.

Para Cátia, médicos precisam ficar atentos ao relacionamento com o paciente na clínica. “Muitas vezes eles chegam com muitas informações pesquisadas na internet. Nem sempre o que está lá é de uma fonte séria e também não pode ser aplicada àquele caso especifico. Cabe a nós conversar e explicar a ele o embasamento que temos para fazer o diagnóstico”, analisa.

Sucesso para a ultrassonografista é entregar diagnósticos adequados à necessidade do paciente. Ela se alegra muito quando consegue ajudar de verdade. Seja com o diagnóstico ou mesmo com o apoio. “Isso é o que eu espero exercer todo dia”, pondera.

Realizada profissionalmente, Cátia se emociona ao falar da própria trajetória. “Essa emoção é boa porque mostra o quanto essa trajetória foi significativa. Passa um filme na minha cabeça. Estar hoje, depois de 28 anos, falando com alegria da profissão, isso não tem preço”, finaliza.  

Confira todos os episódios:

#1 Alexandre Gustavo Bley

#2 Jackson Prochmann

#3 Julia Lopes

#4 Katerin Martins Demozzi

#6 Rodrigo Cechelero Bagatelli

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