Acompanhe o décimo segundo e último episódio da série “O que é ser médico hoje?”. O entrevistado é o ortopedista e presidente da Unimed Paraná Paulo Roberto Fernandes Faria
A Revista Ampla iniciou, no dia 18 de outubro de 2021, uma série sobre O que é ser médico hoje. Com um episódio por mês, a série ouviu médicos durante um ano, e o material foi aproveitado para um documentário sobre o mesmo tema. O lançamento do documentário acontecerá ainda neste mês.
Confira o décimo primeiro episódio da série
A ideia foi discutir os caminhos, as transformações e o que é perene nessa profissão tão impactante para todos nós, uma vez que carrega em si um objetivo ímpar, o cuidado com a vida, a começar pelo compromisso assumido pelo médico ao término de sua formação acadêmica – o famoso juramento de Hipócrates.
Neste décimo segundo e último episódio, o entrevistado é o ortopedista e presidente da Unimed Paraná Paulo Roberto Fernandes Faria.
Conciliar a carreira médica, familiar e de gestor de saúde
“A primeira competência de quem deseja ser médico é, fundamentalmente, gostar de pessoas, ter prazer em ajudá-las”. É assim que o ortopedista e presidente da Unimed Paraná, Paulo Roberto Fernandes Faria, entende o ofício da medicina.
O desejo pela área da saúde, ele acredita ter herdado do pai, um dentista. “O consultório dele era na frente da nossa casa e eu cresci vendo-o atender os pacientes e isso despertou em mim essa vocação”, relembra.
No final dos anos 80, mais precisamente em 1989, Faria, juntamente com um grupo de médicos, fundou uma Singular no Noroeste do estado, a Unimed Noroeste do Paraná. Desde então, passou a se dedicar também à área de gestão. Durante alguns anos, conciliou as carreiras de assistência médica com a de liderança. No começo de 2014, ele assumiu a presidência da Unimed Paraná e passou a se dedicar exclusivamente ao gerenciamento em saúde.
“Liderança é poder motivar as pessoas ao seu redor e conduzir os desafios de forma transparente, com objetivos claros e o direcionamento adequando para atingir os resultados esperados”, pondera Faria. Para ele, a maior alegria em ser líder é poder perceber que a gestão também é importante. “Mesmo com todas as questões que envolvem o setor da saúde, o nosso princípio básico é manter os nossos valores, a ética de modo a ter um mercado que seja adequado tanto para o médico quanto para a sociedade”, analisa.
Para o presidente da Unimed Paraná, a chegada dos grandes grupos de saúde gera tanto preocupação quanto oportunidades. “Eu estou no Sistema Unimed há 33 anos. Mesmo com a chegada dos grandes grupos, eu vejo que podemos ser um grande baluarte da classe médica, manter essa boa relação médico-paciente, esse vínculo que conquistamos e precisamos mantê-lo para continuarmos oferecendo uma assistência adequada em todo o país”.
Faria percebe-se realizado tanto como médico, quanto como gestor. “Eu tento incluir na gestão, todos aqueles valores que eu aprendi com o meu pai”, emociona-se. Quando olha para o passado, não existem arrependimentos. Se necessário fosse, seria médico novamente e faria tudo outra vez. “Acho a carreira de médico fantástica. Simplesmente fantástica. Eu só tenho a agradecer, principalmente à minha família que foi muito resiliente com as minhas ausências”, finaliza.