Dimensão Social do ESG: mais impacto e menos assistencialismo

ESG
(Foto: Ilustração/Freepik)

Como o pilar Social do Environment, Social & Governance (ESG) pode ser aplicado no nosso dia a dia, tanto pessoal, como profissionalmente? E o quê as empresas têm a ver com isso? Sob essa ótica, a segunda live do ciclo de aprendizado sobre o tema, promovido pela Unimed Paraná, no dia 29 de junho, trouxe a palestrante Cláudia Coser, CEO e fundadora da plataforma Nobis, para falar sobre essa dimensão e o impacto empresarial causado.

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Cada vez mais em alta no mundo dos negócios, o conceito ESG reúne boas práticas empresariais voltadas à preocupação com as questões ambientais, sociais e a busca pela excelência na governança corporativa. Tais pilares direcionam as empresas na construção e sedimentação de valores que, além de atender às pautas corporativas de responsabilidade e perenidade, estão envolvidos diretamente com a sociedade.

Desta forma, três palestras – uma sobre cada pilar do conceito – estão sendo ministradas aos colaboradores do Sistema Unimed. A primeira, que abordou o aspecto Ambiental, trouxe a palestra da engenheira ambiental e especialista no tema, com mais de 14 anos de experiência prática, Larissa Gobbo. Você pode conferir a apresentação aqui. O fechamento das discussões acontecerá no Simpósio das Unimeds do Paraná (Suespar), que acontece entre os dias 25 e 28 de agosto, em Foz do Iguaçu.

Mais impacto, menos assistencialismo

Ao abordar a dimensão Social do ESG, Cláudia Coser trouxe aos participantes informações sobre como é possível aplicar conceitos e terminologias já conhecidas, como a Inclusão, Diversidade, Equidade e a Acessibilidade. “Quando falamos em diversidade, falamos em escolher os melhores colaboradores entre todos os públicos, e não somente acolher por acolher. A diversidade precisa gerar inovação, produtividade e competitividade”, disse. Conforme a profissional, para tanto, é necessário ter mudanças na forma como a Gestão de Pessoas trabalha o recrutamento e a inclusão de diferentes grupos no ambiente de trabalho.

Além disso, Cláudia pontuou sobre como, atualmente, a maior parte das empresas pratica muito mais o assistencialismo dentro do pilar Social, ao invés de promover ações voltadas para o impacto. “É preciso virar a chave. Partir de ações pontuais, isoladas e fragmentadas, que são puro assistencialismo, para projetos contínuos, integrados e articulados, que geram, de fato, impacto”, comentou. “Assistencialismo não é impacto. O ESG muda a rota e o jeito de fazer aquilo que já conhecemos na teoria”.

Para montar um plano prático de mudança de postura, Cláudia recomenda quatro critérios: Compromissos; Alinhamento; Perspectiva Estratégica; e Ética e Transparência. “Para tal, precisamos de alguns requisitos, como alinhamento estratégico, materialidade, recorrência e continuidade, investimentos, e geração de valor para os negócios. E, para o segmento desse plano, é fundamental ter o monitoramento contínuo, indicadores objetivos, métricas de curto a longo prazo, e, claro, resultados”, complementou.

Onde chegar com a dimensão Social?

A palestrante reforçou que a dimensão Social fala, principalmente, sobre as pessoas. Porém, isso não quer dizer que as empresas precisam, necessariamente, mudá-las. “O que precisamos é mudar a maneira como as pessoas se relacionam, o conteúdo das relações e, principalmente, a forma como se organizam para alcançar os resultados propostos”, finalizou.

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