Máscara descartável de três camadas têm eficácia de mais de 90% contra a Covid-19

máscara descartável
Crédito: Unsplash

Para tamanha eficácia, no entanto, máscara descartável precisa ser usada de forma correta, o que inclui as pregas externas viradas para baixo

De 14 tipos de máscaras testadas pela Universidade de Duke, nos Estados Unidos, a máscara cirúrgica descartável foi a segunda que apresentou melhor eficácia contra a disseminação de partículas respiratórias que podem conter o coronavírus. Se as máscaras tipo N95 ou PFF2 foram as que apresentaram melhor resultado, a cirúrgica de três camadas é a que tem melhor custo-benefício, tanto pelo preço quanto pela facilidade de aquisição, com as autoridades recomendando a N95 para profissionais de saúde e a descartável para população em geral. Em alguns países, a máscara caseira, de tecido, já está proibida, depois que o mercado de máscaras profissionais se estabilizou após a grande demanda inicial nos primeiros meses de pandemia.

A máscara cirúrgica de três camadas contém uma camada de filtro entre outras duas de tecido não tecido (TNT), o que lhe deu mais de 90% de retenção de partículas nos testes realizados em Duke. As máscaras de tecido, por exemplo, tiveram resultado entre 70% e 90%, dependendo do número de camadas e do tipo de tecido usado. O ponto negativo da máscara cirúrgica em relação à N95 é a ausência de vedação lateral. Mas o mesmo estudo constatou ser bem mais difícil a entrada do vírus pela lateral do que diretamente penetrando o tecido de uma máscara de pano, por exemplo.

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Mas, para garantir a eficiência da máscara cirúrgica, é necessário atenção no momento da aquisição e na forma de utilização do equipamento de proteção. Primeiramente, ao comprar a máscara cirúrgica, é preciso observar a composição dela: a utilização de tecidos como o algodão é proibida para esse tipo de produto, mas o crescimento do mercado de equipamentos de proteção por conta da Covid-19 levou ao surgimento de produtos de qualidade duvidosa que não respeitam as recomendações das autoridades sanitárias.

Também é recomendada pelo Ministério da Saúde que a máscara tenha um fio metálico em uma das bordas, para ajustá-lo ao nariz, melhorando a vedação.

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Escolhendo a máscara com a composição correta e o fio metálico, basta seguir as instruções do fabricante: higienizar as mãos antes de colocá-la; manuseá-la sempre pelas alças; posicionar no rosco com o fio metálico para cima e as pregas da parte externa inclinadas para baixo; ajustar a parte metálica ao contorno do nariz; e expandir a parte inferior da máscara para que ela cubra até o queixo. As máscaras são descartáveis, jamais devem ser reutilizadas. Seu uso máximo é por um período de quatro horas e elas devem ser substituídas sempre que ficarem úmidas.

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