Os desafios da diretoria de Saúde e Intercâmbio em meio à pandemia de Covid-19

Dr. Faustino Garcia Auferez

No Por Dentro da Federação desta semana, apresentamos a diretoria de Saúde e Intercâmbio, seus desafios e projetos

Desde o momento em que você busca atendimento hospitalar até o dia em que volta para casa e conta com cuidados domiciliares, há uma equipe mobilizada e preocupada com seu bem-estar. O mesmo acontece quando precisa de atendimento médico em uma cidade diferente da sua. Com a pandemia de Covid-19, esse monitoramento e cuidado se fez ainda mais presente na vida dos beneficiários do Sistema Unimed Paranaense e, para gerenciar e coordenar todas as ações, a diretoria de Saúde e Intercâmbio da Unimed Paraná precisou enfrentar diferentes desafios e se reinventar.

Para entender melhor as tarefas que envolvem a diretoria e a mobilização realizada durante a pandemia, conversamos com o diretor Faustino Garcia Alferez. Clique aqui para ver o vídeo de apresentação e confira a entrevista abaixo!

Como funciona a diretoria de Saúde e Intercâmbio e qual a importância dentro da Unimed Paraná?

A diretoria de Saúde e Intercâmbio é a área em que se concentram praticamente um terço do quadro funcional da Federação, e conta com três gerentes – cada um com seus respectivos coordenadores. Sob o ponto de vista operacional e falando especificamente da gerência de Operações, Intercâmbio e Rede Prestadora, o objetivo é cuidar para que os nossos beneficiários, no momento do atendimento, não lhes sejam cobrados custos adicionais. Além disso, há o monitoramento da qualidade do atendimento ofertado aos nossos clientes e a garantia da prestação do serviço. Ou seja, se por exemplo não há atendimento no local em que ele [beneficiário] reside, nós providenciamos a remoção dele para um local que haja, e assim por diante, cuidando de outras despesas como locomoção do acompanhante, se necessário, alimentação, etc.

Dentro da diretoria temos, ainda, a gerência de Estratégias e Regulação em Saúde, em que há uma auditoria de análise das contas e dos gastos previstos dentro de cada procedimento ou internação. Se uma pessoa é internada para fazer uma cesárea, por exemplo, e no momento de verificar as contas aparece um Raio X de braço, precisamos entender o que aconteceu na situação para ser realizado um exame que não estava previsto, que pode ser indicativo de ter ocorrido algum evento adverso. Não podemos simplesmente pagar as contas. Precisamos entender a motivação por trás desse efeito adverso, com o objetivo de garantir o melhor cuidado possível, ao nosso beneficiário.

Por fim, a diretoria conta com a gerência de Atenção à Saúde, em que trabalhamos projetos muito bons e complexos, como a questão da atenção domiciliar. Nesta coordenação, é realizado o cuidado dos beneficiários que têm alta hospitalar ou que são tratados em casa, nos casos em que o ambiente do hospital não é o mais indicado. Nesta situação, a área fica responsável por contratar empresas e coordenar as equipes que irão prestar esse atendimento na casa dos clientes que necessitam. Sob a gerência de Atenção à Saúde, destaco também o acompanhamento de pacientes crônicos. As equipes mantêm contato com esses beneficiários, monitorando se eles estão tomando as medicações de forma correta, aferindo a pressão como recomendado, enfim, prestando todo o auxílio necessário.

Quais os principais desafios da diretoria?

Nós tivemos, durante a pandemia, uma demonstração inconteste da essência cooperativista de todas as Unimeds do Paraná, que abriram mão de uma parte de suas sobras financeiras para que a Federação usasse para a compra de equipamentos, como respiradores, monitores sofisticados e bombas de infusão, para ajudar o estado. Em alguns locais, não existiam nem UTI, pois não fazia parte da rotina antes da pandemia. Esse foi um grande desafio enfrentado no decorrer da pandemia, durante a qual Unidades de Terapias Intensivas e alas de tratamento para Covid, saíram do zero. Em tempo recorde, passamos a operacionalizar plenamente.

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Agora, neste momento, também vemos como desafio os cuidados com o beneficiário no pós-Covid, pois após a alta, permanece, em diversos casos, a necessidade de uma linha de cuidados que envolvem fisioterapia, exercícios respiratórios e monitoramento das possíveis sequelas. Esse é o nosso maior desafio atualmente, junto à expectativa de quando toda essa situação vai melhorar para voltarmos ao “normal”, dentro do possível.

Existe alguma conquista recente que queira destacar?

Acredito que esse trabalho da Federação no combate à pandemia, capitaneadas pelo nosso presidente e em conjunto com todos os diretores merece destaque. Conseguimos ajudar as nossas Singulares e, com o apoio delas, os nossos beneficiários. Ao aumentar o número de leitos, também contribuímos com a saúde pública pois, se não houvesse a possibilidade de internação dentro da nossa rede, seria necessário recorrer ao SUS, sobrecarregando ainda mais esse sistema.

Quais as expectativas para a diretoria?

Destaco alguns projetos que estamos trabalhando, como o projeto de Valor em Saúde, que tem como objetivo acompanhar toda a trajetória do nosso beneficiário e realizar o pagamento ao prestador de acordo com a sua performance. Há, também, o Projeto Integra, no qual queremos estabelecer essa jornada do paciente, acompanhando antes dele realizar uma hospitalização, durante a permanência no ambiente hospitalar e após a alta, com o desfecho clínico desse cliente.

Além destes, temos diversos outros projetos sendo trabalhados paralelamente dentro das nossas gerências.

Qual o balanço o senhor faz da sua gestão?

Em março de 2022 completo a segunda gestão à frente da diretoria de Saúde e Intercâmbio, mas já é possível fazer um balanço desses últimos quatro anos. Em primeiro lugar, destaco a reestruturação do setor, feita de maneira significativa dentro da área da saúde. A diretoria de saúde cresceu muito e, ao mesmo tempo que foi um desafio, é muito prazeroso realizar a gestão. Eu tenho três gerentes sob minha alçada, aprendo muito nas conversas com eles, nas trocas de ideias.

Além disso, mesmo com a pandemia, nós, diretores e gestores, crescemos muito profissionalmente e eu também cresci muito como pessoa. Aprendi muito, mas tenho ainda muito o que aprender.

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