Unimed Paraná participa do 14º Seminário Femipa

Abertura femipa
(Foto: Divulgação/Femipa)

O Seminário Femipa, que aconteceu de forma presencial, reuniu dirigentes e gestores de instituições de todo o estado

A Unimed Paraná esteve, mais uma vez, presente durante o 14º Seminário Femipa (Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Paraná), ocorrido entre os dias 29 e 31 de março de forma presencial, em Curitiba. Gestores de diversas instituições de saúde do Paraná participaram dos encontros e palestras. O diretor de Mercado e Comunicação da Unimed Paraná, Durval Francisco dos Santos Filho, participou da abertura do evento representando a Federação.

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Salas temáticas e palestras

Halsey Costa Resende e Rodrigo Cechelero Bagatelli

Outros representantes da Unimed Paraná foram os médicos Halsey Costa Resende, geriatra e gerente de Atenção à Saúde, e Rodrigo Cechelero Bagatelli, médico de Família do Centro de Atenção Personalizada à Saúde. Ambos participaram da palestra da sala temática “Gestão de Assistência e Segurança do Paciente”, em conjunto com representantes do Hospital Angelina Caron de Campina Grande do Sul.

Para o debate, os palestrantes apresentaram resultados preliminares de estudos envolvendo pacientes submetidos a equipes multidisciplinares com médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais e vários outros profissionais que atuam no setor de saúde.

O Programa de Gerenciamento Pós-Covid da Unimed Paraná envolveu 626 beneficiários. O estudo mostrou que 319 pacientes (51%), por exemplo, sofreram sequelas pulmonares. Outros 275 estudados (44%) tiveram sequelas neuropsiquiátricas, como ansiedade, depressão, déficit de memória e de concentração. O médico geriatra afirmou que novas sequelas ainda terão que ser monitoradas. “As pessoas sofrem esgotamentos com a pandemia e tiveram uma espécie de Síndrome de Burnout”, disse Resende.

O acompanhamento feito por equipes multidisciplinares foi determinante para resgatar a autonomia dos pacientes. “Quando a gente olha as linhas de cuidados, elas se concentraram na equipe multidisciplinar”, afirmou o médico de Família.

Por outro lado, o mesmo estudo mostrou que o acompanhamento dos pacientes se reverteu em economia para o sistema de saúde. Foi constatada, por exemplo, queda no retorno de internações dos pacientes – média mensal que era de 0,7 foi para 0,1. No retorno das consultas no pronto-socorro, a média mensal de 1,8 consultas caiu para 0,4 no mesmo período.

Painel

O médico e gerente de Estratégias e Regulação da Saúde da Unimed Paraná, Marlus Volney de Morais, foi um dos palestrantes do 4º painel, realizado na manhã do dia 31. Ele e o presidente da Sociedade Brasileira de Informática, Luis Gustavo Gasparini Kiatake, e o diretor do Hospital de Olhos de Londrina, Luiz Soares Koury, dividiram o auditório para debater o tema “Troca de informações e interoperabilidade na busca do tratamento eficaz e personalizado do paciente”.

Morais iniciou sua palestra afirmando que a informação para atender o paciente de maneira personalizada é uma forma de tratamento. Em seguida, levou aos participantes algumas perguntas para reflexão: – quão informados estão nossos serviços de saúde? – qual foi a última vez que meu serviço de saúde disponibilizou um conjunto mínimo de dados dentro da estrutura e sequência de tratamentos? – A troca de informações melhora a forma de tratamento?

Conforme o médico, há, mais do que nunca, a necessidade de olhar para os dados que são coletados dos pacientes e a maneira como esses são trabalhados e, principalmente, integrados. “As informações de como o atendimento foi prestado, muitas vezes não vai para o prontuário ambulatorial. Falando sobre uma UPA, por exemplo, o paciente ‘caminha’ dentro do sistema e algumas informações ficam integradas dentro de um prontuário próprio, da unidade. Porém, a partir do momento que ele busca outro nível de atendimento, esses dados são perdidos”, comenta.

Segundo Morais, isso também acontece na saúde suplementar, quando o paciente vai a diferentes médicos especialistas que, por falta de um sistema integrado, não têm informação uns dos outros – seja de exames, medicamentos ou o próprio histórico de saúde do beneficiário. “Há a necessidade de que essa informação traga, efetivamente, benefícios ao paciente. Como falado anteriormente, isso faz parte do tratamento. E, mais do que integrar a informação, temos que pensar sobre a maneira que ela será transmitida, uma vez que ainda existem médicos que, por exemplo, fazem ficha física, escrevendo em papel”.

Tais problemas recorrem não só em desperdícios financeiros, mas principalmente de pessoas e de trabalho, como explica o médico. Para Morais, a informação de saúde tem que, ao menos, ser acessível, chegando de forma mais prática aos médicos e pacientes. “Além disso, não adianta ter um sistema para cada processo, sendo que, no fim, eles não são integrados e não olham diretamente para o paciente. Muitas vezes os nossos processos se baseiam naquilo que nós precisamos, e não o que o beneficiário precisa”, complementa.

Na ocasião, o médico apresentou o projeto que está sendo desenvolvido na Unimed Paraná, intitulado Integra, que tem como objetivo integrar os diferentes sistemas em uma única base. “A intenção é fazer essa integração de dados assistenciais em um único ambiente, acompanhando a jornada do paciente desde o momento em que ele nos mostra sua necessidade de saúde, seja por uma liberação, por exemplo, até o atendimento estar completamente resolvido, com o devido desfecho clínico”, diz. Por fim, Morais lembra que, quando falamos sobre jornada, não há um caminho ou estada definida: cada paciente tem um momento, seja ele mais curto ou mais longo, e as informações têm que estar integradas em todo o percurso.

*Com informações da Assessoria de Imprensa da Femipa*

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