Atenção ao cuidado exige responsabilidade

cooperado
(Foto: Ilustração)

O uso consciente dos planos de saúde permite mais investimentos na excelência do atendimento e preços acessíveis ao consumidor final

Criado em 1993, o PAC (Plano de Assistência ao Cooperado) consiste em um trabalho intenso, aprimorado ano após ano, com o intuito de oferecer ao médico-cooperado e aos seus familiares condições exclusivas de atendimento, com ampla área de abrangência e possibilidades diferenciadas de inclusão de dependentes.

Leia também: Chatbot Julia ultrapassa 1 milhão de atendimentos

A maioria das pessoas não sabe o que realmente é um plano de saúde. Não entende sua característica de mutualidade. Ou seja, quando muitas pessoas contribuem para garantir o acesso à saúde daqueles que necessitam ocasionalmente. Um paga para o outro usar e vice-versa. Nenhum plano de saúde sobreviveria se todos usassem, ao mesmo tempo, tudo. O papel do plano de saúde, a operadora, como o nome já diz, é operar, administrar, fazer gestão dessa relação. As vidas de uma determinada carteira nem sempre se dão conta do quanto os seus gastos e as suas contribuições estão interrelacionados.

Boa parte das pessoas não entende o quanto a saúde da carteira, ao qual determinado grupo de beneficiários está atrelado, depende, fundamentalmente, das atitudes em relação à prevenção e ao cuidado do próprio grupo. No caso específico da carteira PAC, cabe à Federação e às Singulares buscarem mecanismos de conscientização dos cooperados e de seus familiares, para essa realidade.

Faustino Garcia Alferez, diretor de Saúde e Intercâmbio da Unimed Paraná lembra que vários esforços são realizados para que os beneficiários entendam o quanto o autocuidado é importante, assim como o uso consciente do plano de saúde para que os resultados possam redundar em mais acessos, mais qualidade e, portanto, mais saúde. “A Unimed investe em vários programas e ações com esse intuito. Uma carteira premium, como a do PAC, não é diferente. Os programas têm o objetivo não apenas da prevenção e cuidado, mas também da conscientização da responsabilidade do indivíduo para com a sua saúde. Por isso, é preciso que cada indivíduo entenda o seu papel em meio a esse cuidado”.

Em qualquer setor, o uso racional dos recursos é fundamental. Não existem recursos infinitos. Na saúde, não é diferente. Os desperdícios ou mau uso têm suas consequências e acabam por recair em prejuízo para todos os atores da cadeia de saúde: operadoras, hospitais, médicos, demais prestadores e beneficiários.

Para Faustino Garcia Alferez, neste momento de sinistralidade elevada, pela maior utilização do plano, crescente aumento dos medicamentos e das diárias, é de suma importância que todos, mais do que nunca, entendam essa dinâmica. A sinistralidade da saúde suplementar, só no segmento médico-hospitalar, atinge em 2022 cerca de 90%, chegando em alguns casos a 100%. Os percentuais no Sistema Unimed não estão diferentes. Há várias operadoras, dentro e fora da Unimed, com resultados líquidos negativos.

Como indicador de resultados da utilização dos planos, a sinistralidade aponta a relação entre despesas assistenciais e os valores das contribuições realizadas pelos beneficiários. O ponto de equilíbrio é de 75% a 80%. Acima desse percentual, há dificuldade crescente de sustentabilidade de operadoras.

Para Alexandre Bley, diretor Administrativo e Financeiro da Unimed Paraná, o PAC é o maior benefício que o Sistema Unimed no Paraná oferta aos seus cooperados, pois o preço médio praticado é bem menor do que o mercado oferece, especialmente nas faixas etárias maiores, além de uma cobertura ampla e atendimento diferenciado. Um plano de saúde tem seu aspecto de garantir segurança e cabe ao gestor equilibrar o índice de sinistralidade para que o acesso à saúde ocorra de forma eficiente, combatendo o desperdício e proporcionando a perenidade do benefício.

Paulo Faria, presidente da Unimed Paraná, complementa, lembrando a necessidade, “da conscientização sobre o uso racional dos recursos assistenciais, com destaque aos ambulatoriais e aí estamos falando, principalmente, de exames. A redução da utilização indiscriminada dos recursos em saúde é fundamental para que os planos de saúde consigam manter a mesma acessibilidade e qualidade desejadas”, destaca.

SHARE