Atendimento digital cada vez mais sólido

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Adaptação para o sistema de saúde como um todo, a telemedicina passou a ser regulamentada na rede pública e se confirma como realidade na medicina brasileira

A telemedicina já era uma tendência apontada pelos especialistas da área da saúde nos últimos anos. A pandemia acelerou a formalização e contribuiu para a popularidade do formato que leva assistência a quem precisa pela via digital. Recentemente, o Ministério da Saúde definiu uma portaria que aponta os princípios básicos de como o serviço de teleconsultas deverá ser prestado na rede pública, e que será realizado pelo sistema batizado de ‘Telessaúde’. Além do atendimento clínico, haverá o suporte assistencial, monitoramento do diagnóstico e acompanhamento de tratamentos ou procedimentos cirúrgicos.

Corroborando para o exercício ético dessa modalidade aceita pelos profissionais e pacientes, no início deste ano, o Conselho Federal de Medicina (CFM) definiu as novas diretrizes para o atendimento a distância. Entre as especificações, está o consentimento entre as partes envolvidas sobre o formato do atendimento, uma vez que não são todas as especialidades que podem ser cobertas de tal forma. Outros pontos que devem ser levados em consideração pelos profissionais são a proteção de dados dos indivíduos atendidos, o fato de o valor poder ser equivalente à consulta presencial e a exigência de que o médico (ou a médica) que utiliza a ferramenta precisa fazer parte do conselho de classe de domicílio, podendo atender pacientes em outro estado.

Além da teleconsulta, a telemedicina poderá ofertar, segundo foi estabelecido pelo CFM: o telediagnóstico (envio de laudos de exames aos médicos); telecirurgia (cirurgia mediada por robôs); telemonitoramento (acompanhamento da evolução clínica do paciente); teletriagem (avaliação dos sintomas do paciente e direcionamento); teleconsultoria (para tratar de procedimentos administrativos e ações de saúde); teleinterconsulta (entre médicos).

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Acompanhando os movimentos do setor e promovendo a melhor experiência aos cooperados e beneficiários, a Unimed Federação do Paraná desenvolveu internamente a ferramenta Líbero Saúde. “Esse modelo de atendimento permite a teleconsulta e foi implantado em 11 Singulares no estado, exclusivamente para os serviços próprios (NAS, CAS e Programas de Saúde), além dos Programas de Saúde e Centro de Atenção Personalizada à Saúde, da própria Federação”, explica Arianne Almeida Gaio, coordenadora de Soluções em Saúde da Unimed.

Elaborado a partir da definição e autorização de cada Conselho, o Líbero Saúde é uma ferramenta que conta com painéis virtuais que permitem a visualização completa dos dados de gestão clínica, inclusive de teleconsulta. “Percebemos que a teleconsulta tem sido bastante utilizada, superando as expectativas do usuário e do profissional, por sua praticidade e agilidade. A ferramenta é amigável e intuitiva e o processo de agendamento simples”, complementa Arianne.

Bons resultados em campo

Segundo a área responsável pela gestão da plataforma na Federação, o mapeamento aponta que as Singulares Unimed Curitiba e a Unimed Ponta Grossa vêm se destacando e estão avançadas em relação ao uso da telemedicina com os seus beneficiários. “Ainda não existem as informações centralizadas sobre a quantidade de atendimentos já realizados, porém podemos afirmar que a pandemia e a nova legislação consolidaram essa prática nas Singulares”, pontua a coordenadora. No âmbito nacional, a Unimed do Brasil retomou as discussões para as diretrizes de telemedicina no Sistema Unimed, que será acompanhada proximamente pela Federação.

A perspectiva é a de que a Unimed possa oferecer atendimento de qualidade aos usuários, com diretrizes bem definidas e pautadas na excelência em cuidar. “Notadamente, a acessibilidade ofertada ao usuário é um dos pontos positivos e mais importantes ao tratarmos da assistência à saúde. Hoje lugares remotos podem dispor de profissionais de saúde qualificados para atendimento à saúde. Pesquisas recentes de perfil de consumo e tendências pós-pandemia apontam que “comodidade”, “fácil acesso” à saúde são destaques para a escolha do plano de saúde”, reforça Halsey Costa Resende, gerente de Atenção à Saúde da Federação.

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