Colaborador da Unimed Paraná mantém projeto social de Jiu-jitsu que já recebeu reconhecimento estadual

(Foto: Divulgação)

São inúmeros os benefícios de projetos sociais em comunidades – tanto para os participantes que se beneficiam do desenvolvimento local e do estímulo de senso de responsabilidade e cidadania, quanto para quem promove esses projetos, que pode ver a resposta do seu tempo e habilidade dedicados na formação de cidadãos de bem e de caráter. É o que conta o colaborador Bruno Lopes, analista do Núcleo de Inteligência e Informações em Saúde (NIIS) da Unimed Paraná, e que possui um projeto social de aulas gratuitas de Jiu-jitsu em Colombo (PR), cidade localizada na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Leia também: O jiu-jítsu como combustível de transformação


A ideia do projeto iniciou em 2014, com aulas esporádicas e em lugares diversos. Em fevereiro de 2022, em conversa com pessoas conhecidas, o colaborador da Unimed Paraná e seu amigo Jean Lobo, também professor da arte marcial, decidiram estruturar a iniciativa. “Conheci histórias de atletas e professores formados em projeto social e estudamos modelos e metodologias”, relata Lopes.

Ele já era professor em uma academia para crianças, mas confessa que o projeto social era o que lhe dava brilho nos olhos. “Era algo diferente e desafiador, mas além de ministrar uma aula e conseguir materiais para o local, o principal objetivo era levar valores e princípios para crianças e contribuir em suas formações, por meio do Jiu-jitsu”, descreve.

No entanto, mesmo depois de estruturar o projeto e adquirir alguns materiais de aula, os professores ainda tinham outro desafio: conseguir um lugar para o treinamento. Eles apresentaram o projeto para o pastor de uma igreja em Colombo, que assim que conheceu a ideia cedeu o local para as aulas, onde abriga o projeto até hoje.

(Foto: Arquivo Pessoal)

No dia 23 de fevereiro de 2022, aconteceu a primeira aula do projeto Fly Jiu-jitsu. No mesmo dia, a filha de Lopes convidou alguns amigos para o treinamento. “Assim que ela me contou, lembrei-me que, quando eu era criança, via atletas de Jiu-jitsu e Judô na série Malhação e não podia treinar, pois em Colombo eu só tinha acesso à capoeira em uma pequena academia. Hoje, é uma realização pessoal poder levar também o Jiu-jitsu para o dia a dia dessas crianças”. 

Homenagem e reconhecimento estadual

Depois de dois anos do início oficial do Fly Jiu-jitsu, além de ver os atletas mirins se formando e vencendo competições a nível estadual e nacional, Bruno Lopes conta que, no fim do ano de 2023, recebeu uma menção honrosa na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), pelo trabalho desenvolvido na cidade de Colombo.

Para ele, foi uma imensa alegria receber esse reconhecimento. “No Jiu-jitsu, quando ganhamos campeonatos recebemos medalhas, cinturão ou troféus, entre outros. Por meio do projeto, nós temos a oportunidade de devolver ao mundo aquilo que um dia nos foi ofertado. Ali, é onde semeamos em um terreno fértil, na vida dessas crianças”, enfatiza.

Entre os que treinam no projeto ou já passaram pela escola, o analista do NIIS da Unimed Paraná destaca alguns campeonatos em que já foram representados e vencedores, como o Campeonato Paranaense – FPJJB; o Campeonato Brasileiro de Jiu Jitsu – CBJJ, em São Paulo; o
Campeonato Sul Americano de Jiu Jitsu – CBJJ/IBJJF, ocorrido no Rio de Janeiro; o Campeonato Internacional Kids 2023 – CBJJ/IBJJF, também no Rio de Janeiro; o Campeonato Internacional Kids 2023, em Curitiba; além dos Campeonatos AJP Tour Internacional e AJP Tour Brazilian National Pro, etapas ocorridas em Curitiba.

Fly Jiu-jitsu

(Foto: Arquivo Pessoal)

Atualmente, a escola conta com 50 alunos matriculados que são treinados pelos professores Bruno Lopes e Jean Lobo, responsáveis pelo projeto. As aulas são abertas à comunidade e gratuitas.

Além dos encontros frequentes no projeto, há, ainda, uma parceria com a escola Checkmat, também de Colombo, onde as crianças podem treinar de maneira gratuita, e em outros dias da semana, com o professor Leandro Santos (Laco).

SHARE